Na ação, 21 réus respondem especificamente por improbidade administrativa, como por corrupção ativa ou passiva. Bernal, foi sucedido em 1,5 ano por Gilmar Olarte, atualmente condenado e preso em outro crime. Olarte, que também é réu neste, foi ouvido na sexta-feira (21-05).
Cronograma do julgamento
O cronograma de audiências que iniciou dia 18 de maio, vai até junho, conforme apontamos na matéria anterior. Mas, sem Puccinelli, na sequência, foi ouvido o empresário Carlos Naegele, também réu na ação de improbidade. “Ele prestou depoimento e tem absoluta convicção de que é inocente”, afirmou o advogado de defesa Vladimir Rossi, que também defende o ex-governador.
A lista de denunciados tem empresários, como João Amorim e João Baird; o atual presidente da Câmara Municipal de Campo Grande, Carlos Augusto Borges (Carlão – PSB) e mais 10 vereadores da época, onde uma maioria se tornou ex-parlamentar.
Veja na matéria anterior maiores detalhes da operação, que foi realizada em 25 de agosto de 2015 pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado). Em 2017, o juiz David de Oliveira Gomes Filhos aceitou denúncia por improbidade administrativa contra 28 pessoas. O pedido é de indenização de R$ 25 milhões por danos morais coletivos.
Na sexta-feira, 21, prestaram depoimento o ex-vereador Eduardo Romero, o ex-prefeito Gilmar Olarte, e os vereadores Otávio Trad e João Rocha. As audiências prosseguiram na segunda-feira, 25, com os ex-vereadores Edil Albuquerque e Paulo Siufi e o atual vereador Jamal Salem.
Sobre decisão do STJ em favor de Puccinelli
O ex-governador tinha depoimento agendado para às 9 horas, no Fórum de Campo Grande e nem lá compareceu. Mas, aberta a audiência, o advogado Vladimir Rossi entregou documento com a decisão do STJ para o juiz David de Oliveira. A decisão e documento saiu no dia 17, quase no fim da noite, em decisão da ministra Assusete Magalhães.
A ministra suspendeu a oitiva do ex-governador até o julgamento de agravo interno. “Como a decisão foi prolatada no dia 17/05/2021, o próprio advogado trouxe a decisão até o magistrado para que tomasse conhecimento e a cumprisse. Assim, o juiz determinou que o processo seja desmembrado em relação ao requerido André Puccinelli, que permanecerá suspenso até segunda ordem”, informa a ata da audiência.
A defesa de Puccinelli, ainda ressalta que ele não pode ser julgado, pois têm agravo de instrumento no STJ e ainda aguarda decisão se o ex-governador deve responder ou não neste processo de improbidade. “Como não foi julgado, o processo fica suspenso em relação a ele”, revelou o advogado.