Vinte e uma pessoas morreram durante uma ultramaratona na província de Gansu, no noroeste da China.
A corrida, de 100 quilômetros (km), começou no sábado (22) e, no caminho, os atletas contavam com desfiladeiros e colinas, em uma região a mais de mil metros de altitude.
Quando a ultramaratona começou, o céu já estava nublado, mas não havia previsão do que poderia ocorrer.
Por volta do meio-dia de sábado, numa área montanhosa da prova, o clima sofreu uma alteração súbita.
Toda a região por onde passavam os atletas foi atingida por uma mudança repentina de temperatura, que chegou a valores negativos, acompanhada de forte granizo.
Alguns maratonistas falam em chuva congelante e um vendaval como nunca tinham visto.
“A chuva ficou cada vez mais forte”, disse à Reuters Mao Shuzhi, quando já tinha corrido 24 km. A atleta decidiu então voltar.
Ela já tinha passado por experiências anteriores com hipotermia e não quis se arriscar.
“No início, fiquei um pouco arrependida”, disse. “Pensava que poderia ser apenas uma chuva passageira, mas quando vi os fortes ventos e a chuva mais tarde, pela janela do meu quarto de hotel, senti-me tão sortuda por ter tomada essa decisão”.
Pouco depois começou uma enorme operação de resgate, com mais de 1,2 mil pessoas auxiliadas por drones, com imagens térmicas, detectores de rádio e equipamentos de demolição, informa a Reuters.
Um deslizamento de terra dificultou os trabalhos.
No total, participavam da maratona 172 pessoas e 21 acabaram morrendo.
A organização da prova está sendo fortemente criticada por não ter um plano de contingência para eventualidades.