Crise na CBF: acreano pode ser novo presidente da Confederação Brasileira de Futebol

A crise na cúpula da entidade máxima do futebol brasileiro, a CBF (Confederação Brasileira de Futebol), com o possível afastamento do presidente da entidade, Rogério Caboclo, trouxe à tona o nome do acreano Antônio Aquino Lopes, o “Toniquim”, como um dos possíveis candidatos ao cargo. É que, com o afastamento do presidente, de acordo com o estatuto da CBF, assume o primeiro-vice-presidente, no caso Antônio Carlos Nunes, o coronel Nunes, um cidadão de mais de 80 anos de idade.

O novo presidente, no prazo de um mês, teria que convocar novas eleições e os candidatos, além dele próprio, só podem ser um dos oito vice-presidentes da Confederação, entre os quais Aquino Lopes.

Coronel Nunes já havia assumido a presidência da CBF quando a Fifa afastou Marco Polo del Nero da presidência da Confederação. Durante sua gestão, provocou um mal-estar entre os membros da Conmebol porque votou no Marrocos para ser sede da Copa do Mundo de 2026, enquanto todos os membros haviam concordado em votar na candidatura tríplice de México, Estados Unidos e Canadá.

Além da crise envolvendo a realização ou não da Copa América no Brasil, que poderá ser boicotada pelo técnico Tite e pelos jogadores da seleção sob alegação da pandemia do coronavirus, o presidente da CBF foi denunciado formalmente por uma funcionária da entidade à Comissão de Ética por assédio moral e sexual. De acordo com o Código de Ética da CBF, caso seja punido, Caboclo pode receber de uma sanção de advertência, reservada ou pública, até o banimento da entidade.

Entre as punições intermediárias, estão a proibição de acesso aos estádios, por até 10 anos; e a proibição de participar de qualquer atividade relacionada ao futebol, também por até 10 anos.

Caboclo só poderá ser afastado da presidência caso renuncie ou a decisão do Conselho de Ética seja aprovada por três quartos dos membros da Assembleia Geral da CBF. Em seguida, Coronel Nunes convocará nova eleição, para um mandato até abril de 2023, quando terminaria a gestão Caboclo.

Como os candidatos só podem ser os oito vice-presidentes da CBF, podem concorrer: o próprio Coronel Nunes, Antônio Lopes Aquino, Ednaldo Rodrigues, Castellar Guimarães, Fernando Sarney, Francisco Noveletto, Marcus Vicente e Gustavo Feijó. Internamente, o consenso é de que Castellar Guimarães, ex-presidente da Federação Mineira de Futebol, é o candidato mais forte a suceder Caboclo.

O acreano “Toiniquim” é um dos mais longevos dirigentes esportivos do país. Está na presidência da Federação Acreana de Futebol (FAF) faz pelo menos 40 anos, o que o torna um forte candidato na entidade máxima do futebol brasileiro, que sempre privilegia os dirigentes mais antigos. “Toniquim” não foi localizado pela reportagem para confirmar se é ou não candidato a presidente da entidade.

PUBLICIDADE
logo-contil-1.png

Anuncie (Publicidade)

© 2023 ContilNet Notícias – Todos os direitos reservados. Desenvolvido e hospedado por TupaHost

Crise na CBF: acreano pode ser novo presidente da Confederação Brasileira de Futebol