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Acusado de matar médico do AC na Bahia praticava exercício ilegal de profissão, diz testemunha

Por REDAÇÃO CONTILNET

Durante oitiva realizada pela polícia nesta quarta-feira (14), o médico Alan da Silva Floriano, de 37 anos, diretor de um hospital na Bahia, disse que Geraldo Freitas Carvalho, o acusado de matar o médico acreano Andrade Santana Lopes – que morava em Araci e foi encontrado morto no dia 28 de maio – praticava exercício ilegal de profissão.

Alan foi chamado à delegacia para depor depois que foi citado por Geraldo no relato em que o acusado confessou o crime.

“A terceira pessoa que ele cita no tal depoimento justamente sou eu. Fui chamado pra depor, pra entender o que estava acontecendo. Durante o depoimento, eu fiquei sabendo realmente o que aconteceu, que foi através de um sonho e que ele viu alguma postagem ou comentário sobre alguma foto dele com Andrade, e a partir daí ele imaginou que eu estivesse armando algo para o matar. Andrade era meu amigo e irmão, o conheci em São Paulo, estudando com ele, e viemos aqui para Feira de Santana, moramos juntos em uma casa, e quando fui pra Salvador, dividimos aluguel, era uma pessoa muito próxima. E em relação a Geraldo Junior, eu o conhecia também, mas deixei de ser amigo dele porque ele aprontou comigo, e infelizmente a amizade acabou”, disse Alan, em entrevista ao site Acorda Cidade.

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“Geraldo é tipo os médicos cubanos, que são formados no exterior, mas não passam pela prova, não fazem o processo de revalidação de diploma. E ele chegou a se formar em medicina, porém lá em Santa Cruz, na Bolívia. No Brasil, ele não conseguiu revalidar o diploma e passou a trabalhar com o CRM de um colega, porque os nomes são iguais, só muda o sobrenome. E ele passou a praticar o exercício ilegal da medicina, junto com falsidade ideológica”, continuou.

Floriano, que é era amigo de Andrade e também seu colega de faculdade, disse que não mantinha mais nenhum contato com Geraldo e que ficou chocado ao saber da morto do amigo.

“Eu fiquei bem chocado, muito abalado, fiquei sete dias e sete noites sem dormir e sem comer. Recebi a notícia de uma forma bem trágica”, comentou.

Alan destacou no depoimento que se afastou do acusado por ele não honrar com seus compromissos.

“Ele me citou porque tivemos uma desavença. Geraldo Junior sempre enrolado, metido com coisa errada, conseguiu sujar o nome dele no Serasa. Aí ele me pediu um favor, que era emprestar meu nome e eu dei para financiar um carro, que era uma caminhonete Ranger. E eu dei meu nome, com a promessa de que em seis meses ele pudesse passar o carro para o nome dele, que era o tempo que ele tinha para se limpar com o Serasa, e isso não aconteceu. O problema perdurou por dois anos, ele parou de pagar o carro, e meu nome foi para o Serasa também, e aí começaram os problemas. Ele sempre com um tom de agressividade, sempre arrogante, prepotente, difícil de diálogo”, finalizou.

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