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Capital fica com 8ª cesta básica mais cara em um ano e 2º maior preço mês

Por LÚCIO BORGES ORTEGA - CORRESPONDENTE MS

CAMPO GRANDE (MS) – Campo Grande marca a 8ª cesta básica mais cara do País, com alta de 26%, entre últimos 12 meses. O custo no mercado e dia a dia da população é notório e até ainda pode ser mais caro ante grande variação de preços entre os comércios da Capital, como noticiamos na semana passada que Pesquisa mostra diferença de 161% em preços de alimentos na Capital . O valor médio do mês de maio foi de R$ 575,01 , conforme pesquisa do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), divulgada nesta terça-feira (8).

Se olhar o valor mensal de Maio, houve uma pequena queda na Capital de -1,92%, mas mesmo assim, o valor fica em segundo lugar entre as mais caras. A Capital até apresentou uma ligeira redução de 1,92% no mês passado, em comparação com abril. E também uma quedinha de 0,25% se levar em consideração somente os números deste ano. Mas, com o custo anual, alta ficou ainda em 26,28% no período, levando Campo Grande a ter o oitavo maior preço do produto entre as capitais brasileiras. E a realidade pode ser bem pior que os números apontados com reajustes de preços semanais e os 161% de diferença entre Mercados.

Conforme dados do Dieese, o item que apresentou maior alta foi a manteiga, de 4,11%, com preço médio de R$ 10,21 a cada 200 gramas do produto. Também apresentaram alta o óleo de soja (3,33%), o açúcar cristal (1,44%), a farinha de trigo (0,59%), o café em pó (0,10%) e a carne bovina (0,08%).

A queda mais expressiva foi registrada no preço da banana, de 11,73%, com preço médio do quilo a R$ 6,69. Também houve redução nos valores do tomate (7,14%), batata (6,98%), pão francês (1,99%), arroz (1,72%), leite de caixinha (1,09%) e feijão carioquinha (1,03%).

Números das Capitais

Entre abril e maio de 2021, o custo médio da cesta básica de alimentos aumentou em 14 cidades e diminuiu em outras duas, de acordo com a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada mensalmente pelo Dieese em 17 capitais. As maiores altas foram registradas em Natal (4,91%), Curitiba (4,33%), Salvador (2,75%), Belém e Recife (ambas com 1,97%). As capitais onde o valor da cesta apresentou queda foram Campo Grande (-1,92%) e Aracaju (-0,26%).

A cesta mais cara foi a de Porto Alegre (R$ 636,96), seguida pelas de São Paulo (R$ 636,40), Florianópolis (R$ 636,37) e Rio de Janeiro (R$ 622,76). Entre as cidades do Norte e Nordeste, as que registraram menor custo foram Aracaju (R$ 468,43) e Salvador (R$ 470,14).

ANUAL – Comparando o custo entre maio de 2020 e maio de 2021, o preço do conjunto de alimentos básicos subiu em todas as capitais que fazem parte do levantamento. As maiores altas foram observadas em Brasília (33,36%), Campo Grande (26,28%), Porto Alegre (22,82%) e Florianópolis (21,43%).

Nos cinco meses de 2021, as capitais com os principais aumentos foram: Curitiba (12,68%), Natal (9,35%), Porto Alegre (3,46%), João Pessoa (3,46%) e Florianópolis (3,38%). A maior queda no mesmo período foi de -1,87%, em Salvador.

Tamanho de cada um

A pesquisa aponta que a jornada de trabalho necessária para comprar a cesta completa em maio foi de 115 horas ou praticamente cinco dias de trabalho só para a cesta. O valor da cesta representa 56,51% do salário-mínimo.

Em maio de 2021, o salário mínimo necessário deveria ser de R$ 5.351,11, o equivalente a 4,86 vezes o mínimo vigente, de R$ 1.100. “Mensalmente, o DIEESE estima o valor do salário mínimo necessário com base na cesta mais cara e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência”, explica o Dieese.

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