MATO GROSSO DO SUL (MS) – A quarta-feira, 30 de junho, entra para história de MS com dois patrimônios históricos que fazem parte da vida física e social do Estado e da tradição da população. Arquitetura e arte, o sacro e o ‘profano’ se eternizam na vida e cultura Sul-matogrossense com a Catetral Nossa Senhora da Candelária, em Corumbá, e, o gênero musical Chamamé, ganhando títulos de reconhecimentos, valor e ser enraizado na cultura e na história do povo e assim sendo indestrutíveis a partir de hoje.
O Chamamé recebeu o registro de bem de natureza imaterial de todo o Mato Grosso do Sul. E foi determina o tombamento da centenária Catedral como bem do Patrimônio Histórico Material de MS, em Corumbá, capital do Pantanal, nosso Santuário Ecológico, mas Patrimônio da Humanidade. A Cidade Branca, que fica 450 km de Campo Grande capital.
O bem imaterial “Chamamé” será registrado no Livro de Registro dos Saberes, onde são inscritos conhecimentos e modos de fazer arraigados no cotidiano das comunidades. O registro é um instrumento legal de preservação, reconhecimento e valorização do patrimônio imaterial de MS. Desse modo, o “Chamamé” oficialmente passa a integrar a lista de bens do Estado, estando em conformidade com a Lei n° 3.522 de 2008 que dispõe sobre a proteção do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural do Estado. O titular da Secretaria de Estado de Cidadania e Cultura, João César Mattogrosso destaca que o chamamé possui grande representatividade para a cultura local e é digno de tal reconhecimento.
“O chamamé faz parte da nossa história e das raízes sul-mato-grossense. O registro reconhece a expressão cultural e a importância do gênero musical como patrimônio imaterial, preservando a identidade e singularidades””, avalia César. O integrante do Centro Cultural Chamamé de Campo Grande, Jânio Fagundes, resslata mais esta conquista e lembra outras conquistas e que fazem parte do ‘dia a dia’, como o Dia Estadual do Chamamé – 19 de setembro – e afirma que o ato fortalece o movimento chamamezeiro em todo Estado.
“Representa a consolidação, a formalização daquilo que já faz parte do nosso dia a dia. Para nós que temos o chamamé na veia, que dormimos e acordamos com chamamé é extremamente representativo e motivo de orgulho”, disse Catetral já é titulo máximo na igreja e ganha outro no ‘mundo’.
Após quatro anos termina processo, e hoje, saiu decreto final assinado pelo governador Reinaldo Azambuja, que determina o tombamento da centenária Catedral Nossa Senhora da Candelária, em Corumbá, como bem do Patrimônio Histórico Material de MS. Já Em agosto de 2017, o Conselho Estadual de Cultura reconheceu o valor histórico da igreja, construída entre 1872 e 1877, e homologou o processo de tombamento.
Conforme o ato, o bem será inscrito no Livro de Tombo Histórico, de acordo com a Lei nº 3.522, de 2008, no qual são inscritas as coisas de interesses históricos, as obras de arte históricas e os documentos paleográficos ou bibliográficos. A tradicional igreja foi inicialmente declarada Patrimônio Histórico e Cultural pela prefeitura de Corumbá, em fevereiro de 2017, por meio do decreto nº 1.748, assinado pelo prefeito Ruiter Cunha de Oliveira.
O templo, um dos mais antigos do Estado, foi erguido com elementos da arquitetura eclética pelo polêmico pregador imperial Frei Mariano de Bagnaia em frente à Praça da República, onde se deu a heroica retomada de Corumbá durante a Guerra do Paraguai (1864-1870). Em seu altar, destaca-se um brasão da coroa portuguesa, o que indica as influências europeias no bem, e guarda também uma imagem de Nossa Senhora da Candelária, padroeira da cidade.A construção da igreja gerou lendas no município, que ainda hoje, são cultuadas, envolvendo o então bispo e a cidade, que o homenageia com nome de rua.
“Cercada de história que, reais ou não, alimentam o imaginário da população, criando vínculos memorialísticos e culturais, a igreja está inserida numa região próxima de outros prédios e monumentos que já tiveram seu valor histórico reconhecido”, manifestou-se o Conselho Estadual de Cultura em seu parecer pelo tombamento, há quatro anos.
O prédio foi interditado em 2016, quando grande parte da estrutura de gesso do teto caiu, e a partir de então foi iniciado um longo processo de restauração e requalificação, que está em fase de conclusão pela prefeitura conta com aporte financeiro do Governo do Estado, por meio da Fundação de Cultura. As intervenções buscam valorizar a estética original e incluem pintura, piso, recuperação interna da torre, bem como sistema de sonorização e climatização.
Serviço– Os decretos sobre a Catedral e do Chmamé n. 15.708 podem ser conferidos no Diário Oficial do Estado (DOE) desta quarta-feira (30).