A CPI da Covid ouvirá nesta terça-feira (29) o deputado estadual Fausto Junior (MDB-AM), relator da CPI da Saúde, criada na Assembleia Legislativa do Amazonas e que funcionou em 2020.
O caos na saúde do estado é um dos objetos de investigação da CPI no Senado. No relatório, Fausto Junior pediu a exoneração de autoridades e agentes públicos do governo local após as investigações concluírem que houve superfaturamento na compra de ventiladores pulmonares (leia detalhes mais abaixo).
Os senadores previam votar nesta terça a convocação do deputado Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo na Câmara, além de outras pessoas supostamente envolvidas em possíveis irregularidades nas negociações de importação da Covaxin, vacina contra a Covid-19 produzida na Índia.
Segundo o senador Humberto Costa (PT-PE), porém, a votação ficou para quarta (30). Costa deu a informação no fim da noite desta segunda (28), após reunião com alguns integrantes da CPI, entre os quais o presidente, Omar Aziz (PSD-AM), e o vice, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que defende a votação dos requerimentos já nesta terça.
Na semana passada, em depoimento à CPI, o deputado Luis Miranda (DEM-DF) e o irmão dele, Luis Ricardo Miranda, servidor do Ministério da Saúde, disseram ter informado o presidente Jair Bolsonaro sobre as suspeitas envolvendo a Covaxin.
Segundo Luis Miranda, ao ouvir o relato, Bolsonaro atribuiu as supostas irregularidades a Ricardo Barros. O deputado diz que não há “dados concretos” contra ele nem “acusações objetivas”. O presidente diz não ter sido informado sobre as suspeitas.
Nas últimas semanas, a CPI da Covid inaugurou uma nova etapa de investigação e passou a mirar contratos do governo para a aquisição de imunizantes.