Em julho de 2018, ao tentar fugir junto de outros cinco detentos do presídio de Águas Lindas (GO), no Entorno do Distrito Federal, ele foi o único que obteve êxito.
Os agentes prisionais que atuavam na unidade, à época, acionaram a Polícia Militar, que chegou a tempo e evitou a fuga dos homens que dividiam a cela com Lázaro.
Já ele, rápido e ágil, conseguiu passar por um buraco feito no teto do local e se livrou da prisão, pouco mais de quatro meses depois de ter sido preso pelo Grupo de Investigação de Homicídios (GIH) de Águas Lindas.
Lázaro foi preso no dia 8 de março de 2018, por suspeita de assassinatos ocorridos na Bahia – ele é natural de Barra do Mendes (BA) –, além de estupro, roubo e porte ilegal de armas no DF.
Ele tinha, na época, três mandados de prisão em aberto. A ausência dele entre os presos do presídio de Águas Lindas só foi sentida, no momento de recontagem dos detentos, após a ação policial no local. Mas, a essa altura, ele já estava longe.
Desde então, ele conseguiu ficar longe do alcance da polícia e seguiu cometendo crimes na região do Entorno e no DF, até a chacina que vitimou pai, mãe e dois filhos na região do Incra 9, em Ceilândia, na madrugada de quarta (9/6).
Reprodução/PCDF
Procedimento interno
Em nota, a DGAP informou ao Metrópoles que, no período em que esteve preso, Lázaro não se envolveu em outros incidentes internos na prisão.
A fuga foi a única ação desenvolvida por ele que contrariou as regras do presídio. Um procedimentos administrativo disciplinar (PAD) chegou a ser instaurado para apurar as circunstâncias do ocorrido.
Aqueles que seriam os parceiros de Lázaro na fuga, no entanto, fizeram uso do direito de permanecerem em silêncio, quando foram chamados para depor no âmbito da investigação interna.
“A sindicância concluiu que os presos praticaram conduta infracional, em desacordo com a Lei de Execução Penal e crime de dano ao patrimônio”, informa o DGAP. O relatório final foi encaminhado à Vara de Execução Penal, com indicativo de homologação da prática de falta grave em desfavor dos detentos.
Uma é de abril de 2018, da Vara Criminal de Barra do Mendes (BA), e as outras duas, uma de abril de 2016 e outra de outubro de 2010, são da Vara de Execuções Penais do DF.
Veja imagens da ação da polícia:
Buscas
Lázaro segue escondido nas matas da zona rural de Cocalzinho (GO). Em troca de tiros com a polícia, na tarde dessa terça-feira (15/6), um policial goiano foi atingido no rosto por um tiro de raspão, disparado por ele.
No fim da tarde, a polícia encontrou os reféns com vida e eles foram libertados. As vítimas eram pai, mãe e filha, de 48, 40 e 15 anos, respectivamente.
Lázaro tem invadido chácaras, principalmente, em busca de alimentos, mas acaba reagindo, quando encontra pessoas nos locais.
Nesta quarta-feira (16/6), o secretário de segurança de Goiás, Rodney Miranda, que coordena a operação em Cocalzinho, disse que acredita na captura de Lázaro em breve, devido à redução do perímetro de circulação dele.
“Está cansado e acuado. Dessa forma, fica mais perigoso, mas, também, mais suscetível à nossa chegada. Ontem, nós ficamos muito perto dele. Hoje, nós vamos pegar”, acredita.
Imagens de Lázaro foram capturadas por câmeras de segurança:
O corpo de Cleonice foi encontrado no sábado (12/6), em um matagal. O cadáver estava sem roupa e com um corte nas nádegas, em uma zona de mata perto da BR-070.