Decreto polêmico do Governo de RO dependerá muito de mudanças na sociedade ante a pandemia. Dará certo?

A polêmica está no ar! Novo decreto estadual, que libera quase tudo; prevê a volta das aulas presenciais para agosto e a volta da economia a alguma coisa perto da normalidade, com cuidados, tem, claro, questões positivas. Mas, ao mesmo tempo, traz temor, porque seu resultado positivo em relação à pandemia, depende muito de como vai se comportar a sociedade. E essa é uma questão que há que se levar em conta, porque embora a maioria continue cuidando de si e dos outros, há, no outro lado da moeda, milhares de irresponsáveis, de verdadeiros sociopatas, que ignorando todos os perigos, continuam praticando atos criminosos, sabendo que jamais serão punidos à altura dos delitos que têm cometido. A liberação de shows e festas com até 999 pessoas, casamentos com 150 e outras decisões neste contexto, apontam a tendência da volta à normalidade, na medida em que a vacinação se amplia e, em breve, todos os componentes de grupos de risco e com comorbidades estarão imunizados. Mas será isso suficiente para dar a segurança que precisamos de que não haverá uma nova onda de contágios e mortes pelo vírus? São essas as questões centrais que só o tempo responderá. O risco é grande e calculado. O governo também autoriza a volta das cirurgias eletivas, imediatamente nos hospitais e clínicas particulares, mas apenas depois de um novo decreto da Sesau, para o setor público. As cirurgias eletivas que não necessitarem de internação, de UTI e outros equipamentos prioritários para o combate à Covid 19, já poderão começar a serem feitas.

A questão toda é que o decreto levantou polêmicas pesadas. O prefeito Hildon Chaves avisou que não irá cumprir, no quesito da liberação de shows e festas para grandes grupos. Pelas redes sociais, chegou a chamar a decisão de bizarra, avisando que iria lançar um decreto municipal, proibindo tais atividades. Os agentes penitenciários já conseguiram, na justiça, uma liminar que impede a volta da visitação normal aos presos, até que todos eles, agentes, estejam vacinados. Líder do empresariado da Capital, Chico Holanda afirmou que considera temerosa uma abertura deste nível, neste momento, porque há risco de que se tenha que fechar tudo de novo, mais à frente. O governador Marcos Rocha e sua equipe técnica, ao tomarem a decisão que tomaram, sabiam a repercussão que ela teria. Por isso, certamente a basearam em estudos e análises da situação atual e das projeções em relação à doença, que ainda tem números altos em termos de contágio, mas muito menos internações e mortes do que há cerca de um mês atrás. O problema, sublinha-se novamente, é que, no caso do decreto do governo, o maior risco é confiar que toda a sociedade vai mudar e, ao participar de eventos como os que foram liberados, irá ter cuidados consigo e com os outros. Lamentavelmente, se depender de grande número de rondonienses irresponsáveis, os resultados poderão ser muito ruins. Esperemos, contudo, que tudo se encaminhe como o projetado pelo Governo.

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