Em depoimento, Lázaro Barbosa narrou fuga de 9 dias em mata da Bahia

Após matar dois homens no povoado de Melancia, zona rural de Barra do Mendes (BA), em 17 de novembro de 2008, Lázaro Barbosa de Sousa, de 32 anos, fugiu dos policiais por nove dias, até se entregar em uma delegacia do município. No período, invadiu casas – até tomou banho em uma delas –, roubou alimentos, água, roupas, uma arma e um carro.

O Metrópoles teve acesso com exclusividade ao depoimento do maníaco realizado na delegacia de Irecê, na Bahia, em 26 de novembro daquele mesmo ano, um dia após ele se entregar. Lázaro detalhou o passo a passo da fuga, que mobilizou a polícia baiana à época.

Hoje, 13 anos depois, empreende outra escapada. Forças de segurança de Goiás e do Distrito Federal entraram, nesta terça-feira (22/6), no 14º dia de buscas, na região de Girassol, em Goiás. O fugitivo é acusado de cometer uma série de crimes – entre os quais, uma chacina que vitimou quatro pessoas da mesma família, no Incra 9, em Ceilândia, em 9 de junho último.

Em 2008, o criminoso assassinou José Carlos Benício de Oliveira, o Carlito – que era amigo dele –, e Manoel Desidério Silva. Foram os primeiros dois homicídios praticados pelo psicopata, que na época tinha apenas 20 anos de idade.

As mortes ocorreram na madrugada de uma segunda-feira – em curto intervalo de tempo de um crime para o outro –, logo após Lázaro tentar invadir a casa de uma mulher, também em Melancia. Ele tinha virado a noite ingerindo bebidas alcoólicas, conforme admitiu.

Logo após tirar a vida de Manoel, com quem tinha uma “rixa”, o criminoso se evadiu do local e parou em uma roça, onde descansou debaixo de uma árvore surucucu, típica da caatinga. Acordou por volta de 10h daquele mesmo dia, foi em direção a um rio e logo avistou policiais. Momento em que arrebentou a porta e entrou na casa da primeira pessoa, chamada de “Lili”.

No local, apanhou sal, fósforo, água e um pedaço de carne – que assara horas depois –, e comeu um feijão que estava na geladeira, segundo relatou. Ele guardava os alimentos em uma capanga (bolsa de couro). O criminoso andava carregado com a espingarda que havia usado para assassinar Manoel e Carlito. Era do tipo “socadeira”.

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