17 de abril de 2024

Exclusivo: Dono do Araújo, Adem revela convites para a política

Citado a cada eleição como potencial candidato a cargos de prefeito, vice-governador, senador da República ou mesmo a governador do Estado onde nasceu, o empresário acreano Adem Araújo da Silva, de 53 anos, casado, pai de quatro filhos e líder da rede de Supermercados AraSuper, uma das maiores da região amazônica, disse, com exclusividade ao ContilNet, que nunca teve a menor pretensão política e que de fato nunca pensou em candidatar-se a cargos eletivos de representação popular.

Nascido no Seringal Santa Cruz, nas terras da então Vila Castelo, na época distrito do município e Sena Madureira e que hoje é o município de Manuel Urbano, Adem Araújo é um dos mais novos de uma família de 14 irmãos, dos quais 12 estão vivos, quatro homens e oito mulheres. Do total, o Araújo é propriedade apenas de dois irmãos – Adem e Aldenor, o mais velho – e os demais irmãos e irmãs têm negócios e atividades próprias.

As eleições das quais Adem participou foram as de classe, eleito por seus pares, como, por exemplo, para a presidência da Associação Comercial e de Serviços do Acre (Acisa). “Fora disso, nunca pensei em política”, disse.

Adem concedeu entrevista exclusiva ao jornalista Tião Maia / Foto: ContilNet

Apesar de sua resistência em vir a disputar o voto popular, Adem Araújo diz que respeita a política como ciência e atividade capaz de causar mobilidades sociais e avanços, mas compreende que a atividade empresarial, como a sua, também pode ser vetor de desenvolvimento, gerando empregos e renda ao Estado com o pagamento de impostos.

A rede de Superercados AraSuper, que nasceu no início de 1982 como Mercearia Santa Cruz, uma pequena loja de gêneros alimentícios na avenida Nações Unidas, numa área onde hoje está localizada uma agência da Caixa Econômica Federal, no bairro da Estação Experimental, em Rio Branco, gera, hoje, pelo menos 3 mil empregos diretos em 14 lojas espalhadas no Acre, na Capital do Estado, e em Rondônia, na Capital Porto Velho.

Estudos mostram que, para cada um emprego direto, são gerados, a partir daí, pelo menos mais três indiretos. Multiplicados tais números, significa que praticamente cem mil pessoas que compõem a população acreana, estimada próximo a um milhão de pessoas, vivem em torno da rede de supermercados.

O AraSuper é também um dos maiores contribuintes na hora de pagar impostos. De ICMS, o Imposto Sobre Circulação de Mercadorias, para o Governo do Estado, é um dos maiores – senão o maior – para o Acre e, mesmo que seja a maior empresa local na geração de renda e emprego, ainda pensa em expansão. “Rio Branco e o Acre como um todo estão crescendo muito e estamos nos preparando para acompanhar este crescimento, com a nossa própria expansão”, disse o executivo.

Para entrevistar o empresário, ContilNet despachou o repórter Tião Maia, seu colunista de política e colaborador. A seguir, os principais trechos da entrevista, feita no escritório de Adem Araújo, nas dependências do Araújo Mix, no bairro Jardim de Alah, em Rio Branco:

ContilNet – O senhor diz que não tem pretensões políticas e que nunca pensou em ser candidatos a cargos eletivos. Mas, consultando seu nome junto ao TRE (Tribunal Regional Eleitoral), encontrei seu nome filiado ao Patriotas, um partido político com atuação na política nacional e atividade local. Se o senhor não tem pretensões políticas, por que essa filiação? Não é contraditório isso?

Adem Araújo – Pode parecer, mas eu nunca pensei em ser político. Tenho realmente alguns convites, muitas pessoas que me incentivam a entrar na política, mas eu sinto que não nasci para isso.

A entrevista também foi filmada. Se preferir, assista. O texto continua após os vídeos:

ContilNet – Você está certo disso?

Adem Araújo – Sim. Nasci para tomada de decisões e ver as coisas acontecerem de forma imediata e isso só acontece na iniciativa privada. É na inciativa privada que, para tocar os negócios, a gente tem que estar idealizando coisas novas, para que as coisas aconteçam dentro daquilo que a gente pensa. Eu acho o setor público muito diferente.

ContilNet – Nos últimos dias, corre um boato na cidade de que o ex-governador e ex-senador Jorge Viana, que aspira ser candidato ao Governo ou ao Senado, o procurou com convites para formar uma chapa com ele. Isso é verdade?

Adem Araújo – Na verdade, eu falo sempre com o Jorge Viana. É meu amigo o Jorge. Eu falo com ele ao longo da história. Muito antes de ele ser governador, eu já tinha uma relação com ele e sempre conversei muito com ele. Ele é meu vizinho, com um escritório aqui no bairro, e quando tiver um tempo eu vou lá tomar um café com ele. Posso dizer hoje que o Jorge Viana é um amigo que ganhei há mais de 30 anos atrás e, para mim, tirando o lado político, as amizades eu valorizo muito.

ContilNet – E como é sua relação com o governador Gladson Cameli e com o senador Sérgio Petecão, duas lideranças que podem vir disputar o Governo do Estado em 2022?

Adem Araújo – Com o Gladson tenho uma relação muito próxima. Conheço o governador há, pelo menos, uns 20 anos. É um cara sensacional. É meu vizinho, mas hoje não consigo conversar muito com ele porque se trata de um homem muito ocupado, mas é um cara que sempre nos atendeu sempre que precisamos como amizade também. Uma amizade que, se ele deixar de ser governador, vai continuar.

“Tenho uma relação muito próxima com o Gladson” / Foto: ContilNet

ContilNet – E com o Petecão, como é a relação?

Adem Araújo – É um amigo também. Já pescamos muito juntos. A gente sempre está conversando também.

ContilNet – E se um desses três te convidassem para ser vice deles ou senador de suas chapas, com quem você iria?

Adem Araújo – Não aceitaria o convite de nenhum dos três. Não nasci para ser político e não tenho a menor intenção e acho que isso é para quem tem aptidão e para quem tem tempo, para quem tem realmente perfil. Eu não tenho.

ContilNet – Mas, por que então, sua filiação partidária ao Patriota? Uma filiação, aliás, muito ativa, na condição de secretário-geral da Executiva Regional?

Adem Araújo – Desde 1994, eu tenho filiações políticas. Estava no Avante e agora mudei para o Patriotas por conveniências de parentes. Eu tenho parentes políticos e eu estou junto para ajudar. Penso que temos que ajudar a família da forma que pudermos. Mas, respondendo à sua primeira pergunta, quero dizer que a gente tem como contribuir com a sociedade sem ser político, gerando emprego, trabalhando arduamente, em muitas horas por dia, para que nosso Estado possa oferecer oportunidades melhores, principalmente para os jovens que estão sem empregos e sem perspectivas.

ContilNet – Saindo da política, vamos falar um pouco de você. Há informações de que você começou a trabalhar cedo, com a sua família. Eu pergunto: começou a trabalhar com o que, exatamente?

Adem Araújo – Quando eu nasci, meu pai, que faleceu em 1998 – mas minha continua viva, com 91 anos – já não cortava seringa. Já era uma espécie de comerciante e seringalista, aquele que atendida aos seringueiros. Mas desde criança sempre tive muitas tarefas. No seringal, você tem que tirar leite das poucas vacas que havia ali, de manhã cedo, roçar campo no terçado. Com seis, sete anos de idade a gente já estava com um facão na mão para bater campo.

ContilNet – Mas, você e seus irmãos, deram a volta por cima e escaparam desta aparente pobreza. Como se deu isso? Qual é sua formação?

Adem Araújo – Eu sou formado em administração com habilitação em comércio exterior e uma pós-graduação em marketing.

Adem conta detalhes de sua história / Foto: ContilNet

ContilNet – Você veio para a cidade com 12 anos. Veio incialmente do Seringal em Manuel Urbano para Sena Madureira?

Adem Araújo – Não, a gente tinha muito contato com Sena Madureira. Como Manuel Urbano era vila, um lugar muito pequeno, e normalmente os negócios, as compras feitas por meu pai, eram em Sena Madureira, para retornar pelo rio Purus de batelão, viajando numa semana de batelão; mas quando saímos de lá viemos para Rio Branco, para a Estação Experimental. Alguns irmãos meus mais velhos foram primeiro para Sena Madureira, mas antes outros já haviam vindo para Rio Branco. Em 1980, vieram para Rio Branco eu e mais dois irmãos.

ContilNet – E lá começaram o que, a Mercearia Araújo?

Adem Araújo – Nós começamos as atividades de comércio em função de um cunhado meu, o Peregrino, que ainda é vivo. Ele já era comerciante e incentivou meu irmão Aldenor, que é o meu sócio, a começar o negócio lá na Estação. Ele chegou e falou: olha, tem um local aqui que, se vocês quiserem, a gente coloca uma mercearia para vocês. Meu irmão já havia trabalhado como funcionário das Casas Pernambucanas, já havia sido marceneiro e aí topou a ideia de tocar a mercearia. Era a Mercearia Santa Cruz e ficava ali onde está hoje a Caixa Econômica da Estação. Era finalzinho de 1981 para 1982.

ContilNet – E aí vocês começaram a crescer para chegarem ao que são hoje?

Adem Araújo – Eu era garoto, tinha 13 anos na época. Ali a gente passou dois anos, o local era alugado, e meu irmão comprou um terreno mais na frente um pouco e a gente começou uma merceariazinha um pouco melhorada.

ContiulNet – Ao que parece era uma época em que, aqui, não havia esse tipo de negócio. Houve o Supermercados Dois Oceanos, que fechou e isso abriu caminho para vocês crescerem? Foi isso?

Adem Araújo – Não, não foi assim. Nós nunca tivemos facilidades. Na verdade, a concorrência sempre existiu e naquela época era até mais forte. Tínhamos um mercado com bastante competidores, atacadistas, mercearias grandes, verdadeiros mercadinhos.

ContilNet – E quando foi e como vocês deram o grade salto se havia tanta concorrência?

Adem Araújo – Com muito trabalho e dedicação. Mas a concorrência era forte porque, na época, nós não tínhamos conhecimento nenhum de mercado. A gente estava começando, estava aprendendo e errávamos muito. Por isso, se tornava difícil a competividade naquela época. Não havia só os Dois Oceanos. Havia o “Uai”, que era uma rede com pelo menos seis lojas na cidade, e a Cobal, que eram muitos fortes.  Além disso, havia outras lojas

ContilNet – Hoje o AraSuper tem quantas lojas e está presente onde?

Adem Araújo – Hoje, nós temos 14 lojas e estamos presentes em Rio Branco e em Rondônia, Geramos 3 mil empregos diretos. Estudos dizem que, para cada emprego direto, são gerados outros três empregos indiretos. Então, trabalhamos coma ideia de que pelo menos 90 mil pessoas têm uma relação direta conosco.

ContilNet – Se a gente continuar a falar de números, vocês são os maiores empregadores privados do Estado?

Adem Araújo – Acredito que sim. O que sei é que, em relação ao pagamento de impostos, a gente tem uma contribuição significativa em arrecadação de ICMS. Estamos entre as dez maiores empresas no Estado em pagamento de ICMS, comparando isso com empresas petrolíferas, cervejarias, energia elétrica e outros segmentos. Então a gente está neste patamar.

“A gente tem consciência de que precisa ser um pouco melhor do que o concorrente” / Foto: ContilNet

ContilNet – Como é possível empreender numa sociedade em crise como é o Brasil ultimamente e como é que vocês estão conseguindo sobreviver e crescer em meio à pandemia?

Adem Araújo – A gente tem que tentar tirar das dificuldades o aprendizado e sobressair-se de certas situações que são difíceis para todo mundo. A gente tem consciência de que precisa ser um pouco melhor do que o concorrente para poder sobreviver e ser ao menos igual a quem tem mais “know how”. Temos que buscar aprendizado com eles. A gente tem que aprender todos os dias. Esse nosso negócio é realmente diferente. É difícil empreender num Estado como nosso, que tem uma tributação extremamente complexa na forma de cobrar tributos. É diferente, por exemplo, de Rondônia.

ContilNet – Por que? Essa diferença é para pior ou para melhor?

Adem Araújo – Acho que a tributação em Rio Branco hoje é mais simples que em Rondônia, é menor. O consumidor acreano paga menos impostos do que é pago em Rondônia. Isso porque a forma de tributar o ICMS é diferente de um Estado para o outro. Aqui, nós pagamos em cima do custo, na entrada, e lá paga sobre a venda.

ContilNet  – Ainda há espaços para o Araújo crescer ainda mais?

Adem Araújo – Tem. Acho que Rio Branco tem crescido muito e isso é bom. Basicamente, de 2003 para cá, quando começamos a ampliar o número de lojas – e normalmente procuramos nos antecipar um pouquinho mais ao aumento do consumo -, percebemos que há, sim, espaços. Rondônia é um Estado muito competitivo, onde há grandes redes, inclusive multinacionais, nacionais e redes locais, é um Estado muito mais difícil de competir, mas é um Estado que tem consumidores, que tem uma economia mais estabilizada. Isso é um atrativo muito grande para que façamos investimentos em Rondônia. Mas isso também não é diferente do nosso Estado, que é um Estado promissor, mas nossa economia ainda é muito incipiente e com bastantes dificuldades. Nós não temos indústrias e nosso agronegócio ainda é muito pequeno.

ContilNet – Com a experiência que você adquiriu ao longo do tempo, qual o conselho que daria para que o Estado possa vir, efetivamente, a se tornar competitivo com os demais na produção, na indústria, nos serviços…? Porque vivemos basicamente ainda na economia do contracheque dos servidores públicos, você concorda?

Adem Araújo – Acredito que, em relação a isso, as coisas têm que acontecer cada qual no seu tempo. O Acre está agora amadurecendo a esse ponto para atrair investimentos, indústrias e o agronegócio.  Hoje o grão já tem uma pequena participação na economia local, o que nós não tínhamos. Não acredito nem que isso seja em decorrência de políticas públicas. É que os grandes centros produtores de grãos estão começando a levar essa produção para as periferias do Brasil. Saiu de Goiás, chegou a Mato Groso e está em chegado em Rondônia e aqui. Isso é natural.

ContilNet – Você acha que os governos, em todas as suas esferas, podem agir, e de que forma, para mudar essa situação?

Adem Araújo – Acredito que isso só possa acontecer com infraestrutura. É isso o que os governos têm que fazer. Não têm que se meterem em mais nada. O governo tem é que deixar o empresário trabalhar porque ele sabe o que tem que fazer. O que o governo tem que fazer é estradas, acesos… Rondônia agora está estruturando seus portos para embarque de soja, de trigo…

ContilNet – Então fica difícil, porque aqui não temos nem ramais não é?

Adem Araújo – Eu tenho certeza de que se nós tivermos ramais trafegáveis nós vamos melhorar nossa economia e gerarmos mais empregos porque teremos uma produção até excedente para vendermos a outros estados.

ContilNet – É verdade que alguns produtos vendidos pela rede AraSuper, como coco, mamão e abacaxis vêm de outros estados? Coco do Nordeste, mamão da Bahia, por aí…

Adem Araújo – Infelizmente é verdade. Importamos coco do Nordeste, banana de Minas Gerais e da Bahia, mamão do Espirito Santo e de outros estados, dependendo da safra. Até abacaxi vem de fora também.

ContilNet – Então, basicamente tudo isso vem de fora? O Acre não produz?

Adem Araújo – Alguns produtos, em alguns períodos de dois ou três meses, temos um produto ou outro. Mamão, batata doce e melancia são alguns produtos que, em determinados períodos, a gente já tem de forma local. O problema é que o Acre não tem produção em escala. Banana e mandioca, que são produtos de aptidão do Acre, deveríamos ter a produção o ano inteiro e não temos. Temos dificuldades hoje para comprarmos mandioca. A farinha de mandioca hoje o Acre exporta, tanto para Rondônia para Mato Grosso e outros estados.

ContilNet – Essa informação de que o Acre não é autossuficiente nem na produção de mandioca é nova e surpreendente. Por que isso?

Adem Araújo – Há época do ano que não temos mandioca em nossas lojas porque os nossos produtores locais não têm condições de entregar. Mas aí vem a questão da trafegabilidade dos ramais. Isso acaba até desmotivando o produtor.

ContilNet – E o Acre está estabilizado em relação à produção de proteína, de peixe, carne, frango…?

Adem Araújo – Estamos nada. Estamos longe. Estamos bem em relação à carne bovina e com carne de qualidade, uma das melhores do Brasil. Se você for comer carne bovina em Brasília ou mesmo em Cuiabá, você vai sentir alguma diferença, um gosto e uma qualidade inferior à nossa. A ração acaba influenciando no sabor da carne. Uma coisa aqui que preciso melhorar urgente, já que é algo para o qual temos aptidão também e já produzimos o suficiente para atender pelo menos a Capital, que é o peixe. Descaracterizamos a produção e hoje o peixe consumido aqui, o tambaqui, vem de Rondônia.

ContilNet – Na sua avaliação, o que aconteceu: foi erro do governo ou desmotivação dos empresários?

Adem Araújo – Penso que foi o custo. Acabou ficando muito caro para o produtor em relação à ração. Ele tem que trazer ração de fora, o milho, a soja para produzir a ração. Isso encareceu muito para o produtor também por causa do frete, que é agregado ao valor final do produto e isso acabou inviabilizando a produção local. Por isso, hoje é mais interessante trazer o pescado de Rondônia do que comprar o local.

ContilNet – Pergunto agora como é que você, como um grande empresário, que movimenta muito dinheiro, sempre na casa dos milhões, como é conviver numa das cidades brasileiras que é considerada uma das mais violentas do país, segundo no Ipea? Conviver com ameaças de assalto e sequestros, como é viver sob esses riscos?

Adem Araújo – A gente convive com preocupação. A gente sabe que é preciso gerarmos empregos, até mesmo para minimizarmos esta situação e dar oportunidade às pessoas de trabalharem e não terem a necessidade de ganhar o sustento com violência. Mas é uma preocupação muito grande. A gente sabe que nosso país perdeu o controle totalmente nesta questão da segurança e isso se acrescentou muito mais pela situação da nossa economia. Falta muito a geração de oportunidades e acho que devemos procurar gerar mais empregos, procurar criar mais oportunidades e investir mais em trabalho social – é importante que haja isso também. Como empresário, a gente pode fazer um pouco para minimizar a situação. Tem aí tantos garotos desocupados, que precisam de oportunidades e esporte. Infelizmente, é um problema que a gente sabe que é criado por falta de políticas públicas.

ContilNet – Você diz que é apolítico, mas eu insisto: como você avalia hoje o governo do Estado, do senhor Gladson Cameli? Ele erra e acerta onde?

Adem Araújo – Acho que nem temos como avaliar o governo do estado hoje por causa deste problema da pandemia. Quando o governador Gladson Cameli começou a trabalhar, a se ajustar, aí veio o coronavirus e por isso acho que nem tem como avaliar se é bom ou ruim pela situação em que vivemos hoje no Brasil. Nenhum governante conseguiu produzir ou implantar aquilo que prometeu em campanha ou os seus planos de governos, por conta desta situação totalmente adversa e todo mundo teve que se voltar para salvar vidas. Mas, nesta área, o atual governo está muito bem, por sinal.

ContilNet – Mas, ao que parece, em relação à pandemia, o presidente Jair Bolsonaro tem pisado na bola, não é? O que você acha do governo dele?  

Adem Araújo – Acho que, se não fosse a pandemia, nós teríamos hoje um Brasil diferente.

ContilNet – Com o Bolsonaro?!

Adem Araújo – Com o Bolsonaro! Eu sou apolítico, como venho te dizendo, mas sou muito a favor da moral e da ética e do combate à corrupção e entendo que o Brasil precisa cuidar disso, que o Bolsonaro defende. Acho que houve erros principalmente naquilo em que é preciso que o governo acredite um pouco mais na vacina. Mas penso que não podemos culpar o governo pelas mortes, por tudo o que tem acontecido de ruim. Se é para culpar alguém, temos que culpar o vírus, o sobrenatural, que deixou esse vírus nos atacar, porque ninguém acredita que isso tenha sido criado por um ser humano.

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