As boas iniciativas podem e devem ser compartilhadas. É o caso do Pré-Enem solidário e gratuito, que está sendo lançado pela Escola de Ensino Integral Glória Perez, de Rio Branco. Além dos alunos do 3º ano, alunos do 1º e 2º anos também terão acesso a essa oportunidade. As aulas serão realizadas no auditório da escola.
A diretora Laura Gianne de Oliveira explica que o Pré-Enem solidário terá a participação dos pais e da comunidade. “Eles nos pediram e a gente não poderia deixar de atender. O que cobramos apenas foi compromisso para que ninguém desista no meio do caminho”, afirmou.
O Pré-Enem solidário da Escola Glória Perez terá início no dia 9 de junho, próxima quarta-feira, e será dividido basicamente em duas turmas de 30 alunos cada. A primeira turma será formada por alunos do 1º e 2º anos e a segunda turma com alunos do 3º ano e comunidade em geral.
“Na verdade, a gente acredita que terá mais turmas porque ainda estamos fazendo inscrições de pais e até de ex-alunos interessados em fazer o Pré-Enem e não podemos colocar muitas pessoas no auditório para manter o distanciamento”, destacou.
Desde 2020, a Escola Glória Perez já vem realizando aulões, um pedido de professores e alunos. Os aulões se dirigira a turmas de sete ou oito alunos que, no ano passado, foram aprovados no Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) em diversas instituições de ensino.
Entre os alunos aprovados estão Leonardo Maia, que participou do Programa Jovem Parlamentar e agora passou para Sociologia na Universidade de Alagoas (UFAL). A aluna Julie foi aprovada em Direito, na Faculdade Pitágoras. Ela obteve uma bolsa de 100% do curso, devido a uma redação que realizou. Já o aluno Alex Silva também foi aprovado em Arquitetura, na Pitágoras e conseguiu uma bolsa de 70%.
“Nossa meta, para este ano, é alcançar pelo menos 60% dos alunos cujo projeto de vida seja entrar em uma universidade e, para isso, temos uma disciplina, a Pós-Médio, que trabalha exatamente a vocação a fim de direcionar o aluno para o Enem”, explica a Laura Gianne.
Internet Conectada
Apesar de a Escola Glória Perez apoiar o movimento de paralisação, os professores, por meio de uma reunião colegiada, resolveram retornar às atividades e as aulas iniciaram de modo remoto. “Retornamos por um consenso da maioria, embora os professores estejam desejosos de uma solução”, disse a diretora.
E sob a perspectiva “meu celular não é sala de aula”, houve um contato com a Diretoria de Gestão da Secretaria de Educação, Cultura e Esportes (SEE), em que o professor José Rego decidiu liberar os recursos do Programa Escola Conectada. “Estamos há dois anos na mesma situação e os professores estão pedindo internet”, destaca.
A partir da autorização da gestão, está sendo aberto o processo de licitação para ver qual empresa irá ofertar a internet aberta. Assim, segundo a diretora, os professores poderão ter acesso à internet na escola. “Por enquanto, estamos nos virando com o que temos por aqui mesmo”, enfatiza.