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Frio e sem quase nada, mãe com quatro crianças pede por doações na Capital

Por LÚCIO BORGES ORTEGA - CORRESPONDENTE MS

Imagem do Jardim Noroeste

CAMPO GRANDE (MS) – O frio está ai, estão muitos já pelas redes socais, a indagar ‘que frio é este’, mas estão em casa, agasalhados e com comida no fogão. Agora, imagina quem tem que somar frio mais ‘quase nada’ em casa para sobreviver e sustentar quatro crianças. A situação precária e mais difícil, se acentua neste período de inverno, onde há a questão de passar necessidades alimentares e física de resistência. O frio traz doenças ou só a baixa temperatura, que pode matar por hipotermia, piora a situação, acima de tudo a crianças, que são quatro em uma casa no Jardim Noroeste de Campo Grande, em dificuldades.

Assim, a dona de casa Camila Cristina, 31 anos, mãe de quatro crianças e moradora do Jardim Noroeste, está passando necessidades. A jovem relata que quase não tem roupas e também para dormir, em período que faz mais frio, está sem cobertores e colchões suficientes. Ela pede por doações para poder esquentar os filhos, de 13, 10 e 4 anos, além do bebê de apenas dois meses.

“Eles são quatro, no calor até fica espalhado, mas para agora fica difícil. Tenho um colchão só para eles deitarem e a coberta só tem um para cada um, que não é boa”, relata a mãe já dizendo que todos estão com frio.

O pai dos três maiores, desta vez não largou simplesmente as crianças, mas já faleceu, conta Camila, ao ser indagada sobre o progenitor das crianças. “Mexia com coisa errada e deu errado a vida, sendo pego pela Polícia”, resume ela, que está com um bebê de relacionamento recente que também não deu certo em Corumbá, que por violência domestica, a fez retornar para a Capital. Com isto, ainda também não tendo parentes ou com quem possa deixar os filhos, não pode ir trabalhar e levar o sustento para a casa.

Dona de casa Camila

Mais problemas

Sem marido, sem parentes e sem poder trabalhar, é por isso, que pede ajuda, pois os problemas são ainda mais diários. A alimentação é escassa e no momento devido a Pandemia, ainda não tem como ir trabalhar para comprar ao menos, mais comida e arrumar um fogão com defeito.

“Só tem arroz e salada. E para piorar, estou sem fogão para cozinhar, pois o tenho aqui, mas está com um vazamento de gás e ruim de ser usado. A escola parou, creche parou, não posso deixar meus filhos para poder trabalhar. Como faz? Apelar e ir pedir”, falou Camila com misto de tristeza e raiva.

O que doar

Camila, apela para toda e qualquer doação, mas pede primeiro os colchões e cobertores e também de alimentos, um fogão, um botijão de gás e fraldas tamanho G e P para as crianças menores.

A família mora em uma casa de aluguel no Jardim Noroeste há um ano, por causa de uma ONG, que pagou os aluguéis até o mês de Agosto, mas depois disso, a dona de casa não sabe como vai se sustentar. “É mais uma coisa, não sei como ficarei, como vamos para baixo de alguma ponte. Gostaria de ganhar, ter um terreno para fazer uma casinha, se virar num terreno, que daria para plantar algo e fazer qualquer coisa. Mas, tem que pensar e se virar agora”, finalizou Camila.

Para doar e obter mais informações, é possível entrar em contato com Camila pelo telefone (67) 99310-7162.

Contudo, Camila, lembra que além de pedir as coisas, tem que pedir para ir levar, porque não tem condições de ir buscar, ainda mais longe, como já recebeu ligação, quando estava falando com esta reportagem. “Fui atender, lá de perto do shopping Norte Sul, mas disse que não tem como ir pegar. Estou muito longe de tudo”.

Quarto dos filhos com o único colchão de solteiro

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