Internada com Covid, professora cria “Cantinho do Amor” no Hospital de Campanha de Rio Branco

A professora Elisângela Cavalcante, de 47 anos, moradora do Bujari, permaneceu 11 dias internada no Hospital de Campanha (HCamp) de Rio Branco, anexo ao Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia do Acre (Into), em tratamento contra a Covid-19 e, durante o período, montou o “Cantinho de amor”.

Nos dias em que esteve internada, ela utilizou um painel para escrever palavras de incentivo e demonstrações de carinho entre pacientes e trabalhadores. Segundo ela, a ação fez uma grande diferença para si e outros pacientes, durante o tempo em que permaneceu em tratamento no HCamp.

No painel, Elisângela cita a família, alunos e amigos como motivadores para vencer o coronavírus. Destaca o que aprendeu no local, como a importância do pensamento positivo, e fez agradecimentos a outros internos, equipe e direção.

O diretor da unidade hospitalar, o médico Osvaldo Leal, autorizou e incentivou a criação do espaço, que possibilita a manifestação de visitantes de pacientes e trabalhadores por meio das mensagens.

“Dr. Osvaldo me ajudou e incentivou muito na superação da doença e na minha forma de me expressar. Como sou professora, utilizei as palavras e a escrita no painel e fiz esse ‘Cantinho de amor’ como um presente, que deixei lá “, conta a paciente.

Osvaldo Leal relata: “Conheci Elisângela nas visitas diárias que faço. Sempre que passava ali, uma boa conversa me aguardava: inicialmente apreensiva e assustada, foi adquirindo confiança nela própria e na equipe e avançou no tratamento. Conquistou todos nós, e a cada dia mais pessoas se envolviam em suas histórias sempre bem humoradas e otimistas. Foi quando surgiu a ideia de transformar tudo que conversava em notas escritas e afixadas nas paredes do leito que ocupava”.

Osvaldo Leal conta como o gesto envolveu todos. Foto: Cedida

O gestor relata o trabalho e a importância da iniciativa da paciente, que documentou seus sentimentos, agradecimentos e palavras de superação, ânimo, esperança e amor. “Nosso coração também se encheu de alegria pelas palavras escritas e faladas, tão necessárias na caminhada. Nossa gratidão à professora Elisângela, contadora de histórias e encantadora de pessoas”,  acrescenta o diretor.

PUBLICIDADE