Mesmo que a pandemia do coronavírus não tenha acabado e que o decreto governamental continue em vigor e impondo uma série de restrições, como o uso de máscaras, higienização das mãos com álcool gel e distanciamento social, o final de semana promete ser agitado na Capital Rio Branco e em Brasiléia, no Alto Acre, com possíveis registro de aglomerações e outras violações aos protocolos sanitários. É que promotores de eventos do gênero estão anunciando pelo menos três festas a partir de sexta-feira (25).
Uma delas está anunciada para o Clube dos Oficiais do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar, no dia 26 de junho, sábado. O Clube dos Oficiais, na semana passada, foi denunciado por promover a aglomeração numa festa relativa ao Dia dos Namorados e também por causar barulho e importunação a pacientes internados no Hospital de Campanha do Into, muitos acamados com a Covid-19, que está localizado a poucos metros daquela unidade de saúde.
A direção do Clube chegou a emitir nota oficial pedindo desculpas à sociedade pelo erro e os comandos da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros anunciaram que não têm governabilidade sobre o Clube dos Oficiais, que é uma entidade de caráter privado e com administração própria. No entanto, mesmo com o pedido de desculpas pela festa do Dia dos Namorados, pelo menos um promotor de festas está anunciando um evento para o mesmo local, no dia 26.
Outra festa, do mesmo grupo promotor, está anunciada para ocorrer no Clube das Acácias, ligado à Marçonaria, localizado na Estrada da Floresta, em Rio Branco. O anúncio diz que a festa é apenas para 200 pessoas, mas a estimativa é de que o público presente seja bem maior – até porque os ingressos de uma festa que não foi realizada, no mês passado, com o sugestivo nome de “O golpe tá aí, cai quem quiser”, vai valer para a entrada no Clube das Acácias. A festa agora tem o nome não menos sugestivo de “Frita Comigo”.
Das festas anunciadas, a mais polêmica é a que vai se realizar em Brasileia. Trata-se de uma festa eletrônica “O Baile do Poderoso”, embora não se saiba quem é o tal, nem tampouco o endereço onde será realizado o baile. A não-informação do endereço, que deve ocorrer só na hora em que a festa começar e para as pessoas que compraram ingresso, seria para burlar a polícia, já que a festa estaria sendo realizada sem o devido alvará de licença.