O Ministro da Educação, Milton Ribeiro, anunciou a realização do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) nos dias 21 e 28 de novembro nas versões impressa e digital.
Já as inscrições estarão abertas entre 30 de junho e 14 de julho.
“Conforme eu já havia anunciado dias atrás, o Enem 2021 acontecerá e será aplicado neste ano. As provas serão aplicadas nos dias 21 e 28 de novembro, para as versões impressa e digital. É isso mesmo! A mesma prova, nas mesmas datas, para as duas modalidades”, afirmou o ministro pelo Twitter.
ENEM 2021
Conforme eu já havia anunciado dias atrás, o Enem 2021 acontecerá e será aplicado neste ano.
As provas serão aplicadas nos dias 21 e 28 de novembro, para as versões impressa e digital. É isso mesmo! A mesma prova, nas mesmas datas, para as duas modalidades.— Milton Ribeiro (@mribeiroMEC) May 31, 2021
Ainda segundo Ribeiro, os editais serão publicados nesta semana.
“As inscrições poderão ser realizadas entre os dias 30 de junho e 14 de julho, pela Página do Participante. A segurança e a isonomia do Enem serão sempre mantidas pelo Inep e pelo MEC”, afirmou.
O GLOBO publicou, na última quarta-feira, que o governo trabalhava na redação do edital do Enem 2021 com datas preliminares para aplicação da prova em novembro deste ano.
O calendário, no entanto, ainda não era definitivo e foi anunciado agora pelo ministro.
O edital em elaboração previa também que os “treineiros”, pessoas que ainda não terminaram o ensino médio, mas se inscrevem para testar as habilidades na prova, serão proibidos de participar do Enem 2021.
Ano passado, eles representaram quase 600 mil inscritos, do total de cerca de 5,7 milhões.
É uma forma de o governo tentar diminuir um pouco o tamanho da avaliação diante de dificuldades orçamentárias, além de minimizar as aglomerações nos dias de prova, em função da pandemia da Covid-19.
Na última quarta-feira, o responsável pelo Enem, o coronel da Aeronáutica Alexandre Gomes da Silva, pediu demissão do cargo de diretor de Avaliação da Educação Básica do Inep.
Ele manifestou a intenção de sair do posto havia algumas semanas, cerca de dois meses após assumir a função.
Antes mesmo da exoneração do militar do posto de titular da Diretoria de Avaliação da Educação Básica (Daeb), responsável pelo Enem e outras avaliações de larga escala, a empresa contratada para fazer a gestão de riscos, a Modulo, já havia sido emitido um alerta sobre a “possibilidade de atrasos” na execução do Enem em decorrência de “diversas mudanças de cargos nas Coordenações” do órgão.
O risco, apontado como “elevado”, foi mapeado no último dia 7 em um Relatório de Monitoramento e Gestão de Riscos.
“Nas últimas semanas ocorreram diversas mudanças de cargos nas Coordenações, assim os controles dos projetos de exames ficam mais vulneráveis perante a tomada de decisões, execuções de atividades, prazos e finalização de atividades e processos”, diz o relatório, ao se referir especificamente ao Enem. E descreve como consequência: “ocorrência de riscos às atividades específicas, porém, com ações planejadas ou em andamento. Deve ser monitorada com o propósito de verificar alterações que elevem seu risco. Possibilidade de atrasos nas tomadas de decisões e execução de atividades das avaliações/exames”.
Enem 2020 teve maior abstenção da história
O Enem 2020 teve a maior abstenção da história do exame. Marcado para novembro de 2020, ele foi adiado para janeiro deste ano por causa da pandemia.
No entanto, 55,3% dos estudantes não compareceram à prova na versão impressa, que contou com mais de 5,5 milhões de inscritos.
Já a versão digital, que foi realizada uma semana depois, tinha quase 100 mil de candidatos, e 71% deles não compareceram às provas.
A abstenção de quase 3 milhões de candidatos do Enem 2020 gerou um desperdício de mais de R$ 330 milhões aos cofres públicos. Isso porque o custo da prova, neste ano, foi de R$ 117 por aluno.
O cálculo é o mesmo utilizado pelo Ministério da Educação nos últimos anos para divulgar o desperdício de verba causado por alunos que se inscreveram, mas não compareceram à prova.
Ele pega o total gasto na prova (neste ano, R$ 682 milhões) e divide pelo número de candidatos (5,783 milhões de inscritos). Assim, o custo por aluno da prova por aluno em 2020 foi de R$ 117.
O valor desperdiçado é quase o dobro de tudo o que foi gasto em 2020 com a Bolsa Permanência, programa de auxílio a alunos de baixa renda em universidades públicas.
No ano inteiro, foram empenhados R$ 180 milhões neste subsídio.