Faltando um ano e meio para as eleições, o Progressistas bateu o martelo e resolveu demarcar território em torno do nome de Mailza Gomes para a disputadíssima vaga no Senado Federal. A senadora, que ficou com a cadeira de Gladson Cameli após a vitória dele para o governo do Acre, teve a chancela de todos os diretórios do partido, inclusive a nacional.
Os cinco prefeitos da legenda, Tião Bocalom (Rio Branco), Zequinha Lima (Cruzeiro do Sul), Bené Damasceno (Porto Acre), Rosana Gomes (Senador Guiomard) e Kiefer Cavalcante (Feijó), também pactuaram pela escolha de Mailza para a reeleição.
No Acre, a única vaga em jogo para o Senado vem sendo mais disputada que a do governo. Vários nomes do grupo que atualmente comanda o estado têm sido postos à mesa, entre eles os dos deputados federais Alan Rick (DEM), Vanda Milani (Solidariedade) e Jéssica Sales (MDB).
Além deles, pleiteia a pré-candidatura a ex-esposa do senador Márcio Bittar (MDB), Márcia Bittar. O antigo casal vive hoje em “lua de mel” com o governador após firmarem importante aliança política.
A dúvida é sobre quem vai receber as bênçãos de Gladson, que, assim como Mailza, foi confirmado como pré-candidato à reeleição pelo seu partido em reunião realizada na quinta-feira (24) entre dirigentes e mandatários. Mesmo sendo da mesma legenda de Mailza, ainda há dúvidas sobre para quem vai ter o apoio de Cameli. Isso porque o governador não é muito afeito a seguir sua sigla.
Prova disso é que nas eleições municipais de 2020 ele apoiou, nos dois turnos, a então candidata a prefeita de Rio Branco pelo PSB, Socorro Neri, mesmo o Progressistas tendo candidatura própria, a de Tião Bocalom, que findou vitoriosa. O desgaste em torno da decisão fez com que o governador se afastasse do partido, porém retornou meses depois e tem evitado falar sobre a disputa ao Senado.