Uma reunião ocorrida na tarde da última segunda-feira (31), em Brasília, selou a entrada definitiva do Partido Social Liberal (PSL) como integrante da base de apoio ao governador Gladson Canmeli. Significa que a partir de agora o Partido entra no projeto de reeleição do governador e poderá, inclusive, indicar o candidato a vice de Cameli. A adesão do PSL ao projeto de Gladson Cameli imobiliza o vice-governador Wherles Rocha, filiado ao partido e que vem batendo de frente com Cameli.
De acordo com a fonte do ContilNet, o apoio do PSL a Cameli conta inclusive com o apoio da direção nacional. O vice-presidente e que está respondendo interinamente em lugar o deputado federal Luciano Bivar, de 80 anos, Antônio de Rueda, participou da reunião o presidente regional do PSL, Pedro Valério, o governador Gladson Cameli, além do senador Márcio Bittar (MDB), o secretário de Estado de Saúde, Alysson Bestene, e o médico oftalmologista Eduardo veloso, que vem a ser o primeiro suplente de Bittar no Senado.
Tanto Alysson Bestene como Eduardo Veloso devem se filiar ao PSL numa solenidade a ser anunciada em Rio Branco, no próximo dia 11. Com a filiação de Bestene ao PSL e como ele tem a preferência do governador para ser seu candidato a vice, significa que o Partido tem expectativa de vir ajudar a governar o Acre porque, em caso de vitória de Gladson Cameli, o vice seria governador nos anos finais do segundo mandato porque o governador seria candidato ao Senado. “Não escondemos que temos este projeto e foi isso que mostramos à direção nacional”, disse Pedro Valério. “Eles concordaram”, acrescentou.
O segundo projeto do PSL regional é a eleição da professora Márcia Bittar ao Senado. A ex-mulher do senador Márcio Bittar também deve se filiar e ser candidata ao Senado pela sigla. Outro projeto é a eleição de pelo menos um deputado federal pelo PSL do Acre e uma boa bancada de deputados estaduais.
O PSL é um dos partidos com maior tempo de rádio e TV do horário eleitoral e dono da maior fatia do bolo do Fundo Partidário, uma quantia de pelo menos R$ 600 milhões para todo o país, segundo estimativas a partir do que foi liberado nas últimas eleições.
Sobre o vice Major Rocha, Pedro Valério disse que ele é um filiado ilustre e que a direção regional, mesmo com esta guinada em direção ao governo de Gladson Cameli e seu projeto de reeleição, não vai pedir que ele saia ou expulsá-lo. “Ele permanecerá no partido sabendo que agora todos nós somos Gladson Cameli”, disse Valério.
Na mesma hora em que havia a reunião que selaria a ida do PSL para a base de Gladson Cameli, Major Rocha também estava em Brasília. Ele tentava, até a última hora, tirar a direção regional de Pedro Valério, mas não obteve apoio da direção nacional porque não teria cumprido as promessas que fez ao deixar o PSDB para compor o PSL, em junho do ano passado. Uma das promessas seria a ida da irmã do vice, a deputada Mara Rocha, para se filiar também ao PSL, o que não aconteceu.