Sobrevivente de violência doméstica, psicóloga encontra novo amor e paz ao lado da esposa

“Eu sempre quis ter um lar e agora tenho”. O desabafo é de uma mulher de 45 anos que durante duas décadas foi casada com um homem e sofreu as mais diversas agressões em casa. Após ter força e coragem para se separar do ex, a psicóloga encontrou um novo amor e paz ao lado de uma mulher, sua atual esposa.

Preferindo não se identificar para resguardar o filho (fruto do relacionamento com o ex-companheiro), a psicóloga e terapeuta de Porto Velho lembra que seu antigo casamento era regado de palavras depreciativas, agressões físicas e emocionais, além de uma constante pressão para ser “perfeita”.

“Se eu sorrisse um pouco, além do que ele achava adequado, eu levava uma cotovelada. Se eu não me arrumasse com a roupa que ele achava a certa, era chamada para dentro do quarto da casa e lá ele dava um tapa na minha cara. Se tivesse louça na pia, às vezes de madrugada, porque meu filho chegou da faculdade e comeu alguma coisa, ele me acordava e me batia”, conta.

Proibição aos estudos

Enquanto estava com ex, ele também não permitia que ela trabalhasse ou estudasse. No entanto, a mulher conta que mesmo assim foi em busca de conhecimento e fortalecimento espiritual, onde começou a se dar conta de que poderia se desvincular do relacionamento e dos abusos que estava vivendo.

“Eu perguntava a Deus ‘o motivo de passar por tudo aquilo’, fui buscar ajuda em um Centro Espírita, e lá recebi apoio e comecei a entender o meu propósito aqui na terra. Estar ali me fortalecia cada vez mais. Comecei a entender que eu tinha valor, não por causa do nome e do dinheiro dele, mas por quem eu sou. Passei a frequentar o local e comecei a estudar e buscar cada vez mais conhecimento”, lembra.

Com o conhecimento, a busca por uma renda e independência financeira passou a ver prioridade na vida dela. As vendas de bolos, peças artesanais e decoração para festas eram feitas de forma com que o ex não soubesse.

“Ele não me deixava trabalhar. Eu tinha empregada doméstica, mas era a ‘responsável’ para manter tudo no lugar. Eu vivia exausta. Daí passei a vender bolo, organizar festas para amigos, isso tudo sem ele saber. Eu acordava de madrugada e passei a ganhar meu dinheiro e guardar”, relembra.

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