A Câmara Municipal do Rio de Janeiro vota na tarde desta quarta-feira (30), na capital fluminense, o relatório pedindo a cassação do vereador Jairo dos Santos Souza Júnior, o “Dr. Jairinho”, preso pela acusação da morte brutal do menino Henry Borel, de 4 anos, em março deste ano. De acordo com informações do noticiário da imprensa nacional nesta manhã, o vereador, antes considerado por seus pares como um nome influente da Casa, agora está sem aliados que o defendam, ao menos, publicamente, e corre o risco de ser cassado.
Para perder o mandato, o relatório que pede a cassação por quebra de decoro parlamentar precisar receber o “sim” de 33 dos 51 vereadores que compõem o Plenário, o órgão deliberativo e soberano da Câmara Municipal.
Dr. Jairinho, nome político que adotou em homenagem ao pai, o coronel Jairo, que já foi deputado estadual, é oficial da reserva da Polícia Militar e apontado como ligado às milícias que atuam e impõem o terror em áreas pobres do Rio, será o primeiro vereador da história da Câmara do Rio a enfrentar a votação de um processo de cassação. A sessão será realizada na tarde desta quarta-feira, a partir das 16 horas (horário de Brasília).
Em sua trajetória política, ele chegou a ser líder na Câmara do governo Eduardo Paes (PSD), no segundo mandato (2013-2016). Também atuou na mesma função na gestão do ex-prefeito Marcello Crivella (Republicanos).
Nos bastidores, vereadores avaliam que o prestígio político de Jairinho se desintegrou com o avanço das investigações do caso Henry Borel. A causa da morte do menino está relacionada a uma sequência de espancamento atribuída ao político.