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Vídeo: sem médico e sem transporte no hospital, acreana padece para dar à luz em Feijó

Por EVERTON DAMASCENO, DO CONTILNET

Aos prantos, a moradora de Feijó, Ana Rosa da Silva, de 56 anos, pediu ajuda à reportagem do ContilNet nesta quarta-feira (16) para conseguir transportar para Tarauacá a sua nora, Maria Amélia Bastilho, de 30 anos, que está desde a noite desta terça-feira (15) sofrendo as dores do parto.

De acordo com Ana Rosa, não tem médico obstetra na Maternidade do Hospital Geral de Feijó e nem ambulância.

“Minha nora veio ontem à noite pra cá com a bolsa já estourada. Disseram que ela não vai para Tarauacá porque não tem carro e nem médico. Ela está sentindo dor e sem saber o que fazer”, comentou a moradora.

A médica do hospital confirmou o que disse Ana Rosa, em entrevista ao ContilNet, e explicou ainda que várias crianças, além de nascerem em Tarauacá, estão sendo registradas por lá, por conta da falta de clínico. A representante fez um apelo ao Governo do Estado e à Prefeitura.

“Peço que os governos Estadual e Municipal olhem para a situação do hospital. Crianças daqui estão nascendo e sendo registradas em outro município por conta da falta de médico”, salientou.

Maria Odete da Silva Lima, de 45 anos, e o filho Giliarde Lima Rodrigues, de 16 anos, moradores da colônia Boa Sorte, no ramal São Sebastião, na BR-364, vivem uma situação parecida. O adolescente, que quebrou o braço, precisa viajar para Cruzeiro do Sul, para o retorno ao médico e retirar os ferros instalados, mas a falta de transporte no hospital o impede.

“Eu não sei o que fazer, porque não tenho como pagar o transporte até lá. O hospital não tem carro. Eu estou pedindo ajuda a várias pessoas aqui. O tempo de tirar os ferros já passou faz tempo”, disse Maria.

“Já entreguei nas mãos de Deus”, finalizou a mãe.

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