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Acusado de estupro de vulnerável, ‘Pai Manuel’ é condenado a 18 anos de prisão; federação emite nota

Por TIÃO MAIA, PARA CONTILNET

Foto: Reprodução

Está a caminho da capital Rio Branco, para ser encarcerado na penitenciária estadual “Francisco D’Oliveira Conde”, nesta quarta-feira (21), um homem conhecido como “Pai Manuel”, que acaba de ser condenado pelo juiz de Direito de Xapuri, Luis Gustavo Alcalde Pinto, por abuso sexual contra uma adolescente de 14 anos que frequentou seu terreiro de umbanda. O pai de santo foi condenado a 18 anos de prisão cuja pena começa em regime fechado.

“Pai Manuel” é acusado de estupro de vulnerável e de extorsão – crimes denunciados a partir de investigações conduzidas pela Polícia Civil de Xapuri, onde o acusado atuava. A investigação apontou que o condenado atraiu para seu Terreiro, conhecido como “Centro de Exu”, uma menor de 14 anos sob o argumento de que precisaria aplicar na adolescente um banho com água de côco e mel de abelha para expulsar de seu corpo energias negativas de maus espíritos que teriam encarnado na menor.

De acordo com depoimento da adolescente à Polícia e posteriormente confirmados à Justiça, o pai de santo ordenou que, durante o tal tratamento, ele ficasse nua, quando então passou a acariciar seu seios e o restante do corpo até consumar o ato sexual sem o consentimento da adolescente, o que caracterizou o estupro, durante pelo menos 30 minutos. A menor disse que o estupro só não continuou pro mais tempo porque ela mordeu o braço do abusador e, ao ser solta, conseguiu sair correndo, com as roupas nas mãos.

Não satisfeito, segundo a menor, posteriormente, o pai de santo ainda procurou para lhe cobrar a quantia de R$ 50,00, que seria o pagamento pela cura prometida e que se transformou em estupro. Ao determinar sua condenação e prisão, o juiz Luis Gustavo Alcalde Pinto negou o direito de o réu recorrer em liberdade, decretando sua prisão preventiva em face da sentença criminal condenatória.

A Federação de Religião de Matriz Africana no Estado do Acre (Ferema-AC) emitiu nota afirmando que o condenado não é filiado à entidade e que também não seria pai de santo verdadeiro.

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