Uma massa de ar frio intensa pode causar a temperatura mais baixa do século no Brasil. Nos locais mais extremos da região Sul, a sensação térmica pode chegar a -25°C, com alta probabilidade de neve, segundo a MetSul Meteorologia.
Os estudos divulgados pela empresa de meteorologia ainda são preliminares e devem ser confirmados neste final de semana ou na segunda-feira (26). A massa de origem polar intensa deve começar entre terça e quarta-feira da próxima semana e se estender até o final da semana.
Segundo modelos numéricos analisados pela MetSul, a temperatura será inferior às do final de junho e início de julho desse ano.
Os meteorologistas dizem que um fenômeno assim foi registrado em julho de 2000 e de 2007. Regiões com altitude acima de 1.800 m, como o Morro da Igreja (SC), devem ter sensação térmica entre -20°C e -25°C.
Já o Rio Grande do Sul deve experimentar até -20°C de sensação térmica, com a mínima nos termômetros de até -5°C.
Se o estudo for confirmado no final de semana, cidades de São Paulo e de Mato Grosso do Sul podem ter geadas, com sensação térmica de 0 °C.
A probabilidade de nevar em áreas de maior altitude também é grande, segundo o MetSul. Mas as projeções ainda podem sofrer alterações, podendo variar negativa ou positivamente em relação aos termômetros.
Os sites do Climatempo e do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) também confirmam as previsões de frio extremo, mas adotando um tom mais conservador ao noticiar a frente fria que, segundo as empresas, promete trazer as temperaturas mais baixas do ano.
A expectativa é de neve nas serras gaúchas e catarinense.
De acordo com o Inmet, as temperaturas mínimas previstas “em uma ampla área” da região Sul irão variar entre – 6ºC e – 8°C na manhã de sexta-feira, 30 de julho.
Mas há um indicativo de “temperaturas menores do que – 8°C” nas áreas de maior altitude dos estados do sul, motivando a previsão da possível queda de neve entre os dias 29 e 30 deste mês.
Inmet e Climatempo não detalharam as sensações térmicas, como feito pela MetSul Meteorologia.