Uma jovem artista ucraniana, de apenas 10 anos, morreu em consequência de uma condição genética rara. Iryna ‘Irochka’ Khimich convivia com a síndrome de Hutchinson-Gilford (também conhecida como progéria), uma doença que faz com que crianças envelheçam num ritmo mais acelerado que o normal.
A menina pintava quadros e estava vendendo suas obras para pagar um tratamento nos Estados Unidos. Ela planejava uma exposição de suas pinturas na França, quando faleceu na última quarta-feira (30).
Segundo seus médicos, Iryna tinha a estrutura corporal semelhante a de um idoso de 80 anos. Eles disseram que, a cada ano que se passava, seu organismo envelhecia quase uma década.
Sua mãe, Dina, 39, contou a notícia em suas redes sociais ontem (1). “Irochka morreu. O coração dela parou ontem. Desculpe, meu raio de sol, não pudemos te salvar desta vez”, escreveu.
O empresário ucraniano Andrey Zdesenko, que também ajudou a financiar parte do tratamento da menina também se pronunciou. “Uma garota frágil, única e talentosa, ela lutou bravamente por dez anos contra a terrível e rara doença progéria. Havia muita luz, amor, vitalidade e sinceridade nela. Estamos felizes por termos conseguido mostrar o trabalho dela. Sempre vou me lembrar de seus olhos felizes e sorriso tímido”, disse.
O que é progéria?
Também conhecida como síndrome de Hutchinson-Gilford, a progéria é uma condição genética rara que faz com que as crianças envelhaçam em um ritmo muito mais acelerado do que o esperado. Ela é causada pela mutação de um gene que leva ao acúmulo da proteína “progerina”. É ela quem desencadeia um processo de envelhecimento mais rápido.
Segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), os primeiros sintomas de envelhecimento precoce começam a aparecer apenas por volta por 18 meses de vida do bebê. Queda de cabelo, perda de gordura, pele fina e enrugada, osteoporose, lábios finos e voz anormal são alguns dos sinais.
Atualmente, ainda não há cura para a progéria. A expectativa média de vida de uma criança com essa condição é de 13 anos. Nesse caso, problemas cardíacos costumam ser a causa de morte mais comum.