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Comunicador cria série de entrevistas sobre a comunidade LGBTQIA+ no Acre

Por MARIA FERNANDA ARIVAL, PARA CONTILNET

Créditos: Felipe Barbosa

O preconceito e a família são temas que, na maioria dos casos, afetam a comunidade LGBTQIA+ e o projeto “O Acre Resiste com Diversidade” foi idealizado e executado pelo artista e comunicador acreano Daniel Scarcello para ceder espaço para conterrâneos conversar sobre identidade de gênero e orientação sexual. Os episódios da série foram lançados no canal do YouTube do artista, em junho, no mês do orgulho LGBT.

“Esse projeto surgiu como uma continuação da série que fiz no ano passado, com artistas locais. Em ambos os casos, eu falo de realidades que fazem parte da minha identidade, mas que também são as de muitas pessoas. A ideia foi contribuir com o diálogo para a temática da orientação sexual e identidade de gênero no estado”, conta Daniel.

Na série de entrevistas, foram publicados sete vídeos com as pautas: homossexualidade, bissexualidade, transexualidade, não binariedade e arte drag, foram entrevistados 13 convidados. “Foi desafiador, mas enriquecedor. Foi também bem trabalhoso, porque eu tentei tomar cuidado pelo tema, porque é um assunto que, por mais que eu faça parte da comunidade, ainda tem muitas coisas que eu não sei, muitas particularidades e nós vamos aprendendo. Fiz com muito receio para que eu não fizesse um desserviço para a comunidade”, explica.

No Acre, é a primeira vez que surge um projeto como este e com a temática voltada para a comunidade LGBTQIA+. O trabalho é realizado por uma equipe composta por seis pessoas, e direciona as pautas para o público acreano ter referências locais, uma vez que a maioria dos programas e matérias sobre o assunto são de âmbito nacional e internacional. “Um público que pensei bastante enquanto produzia a série foi nos pais de pessoas LGBTQIA+. Mesmo que eles não sejam o público principal, eu espero que tenham alguns pais, mães, tias que possam ver e compreendam mais nossas realidades, melhorando o diálogo e as relações em casa”, afirma.

Os vídeos têm duração de 15 a 20 minutos e abrem espaço para acreanos contarem experiências, momentos e opiniões sobre os assuntos que envolvem a comunidade. A ideia inicial de produzir e publicar sete vídeos foi encerrada, mas o artista não descarta a possibilidade de voltar com outros vídeos.

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