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Empresário que levava menores para fazer sexo em motel é preso

Por A GAZETA

Foto: divulgação

A Polícia Civil divulgou o resultado de uma grande operação nacional de combate à exploração sexual de crianças e adolescente. No Estado, durante a “Operação Acalento”, 34 pessoas foram indiciadas pelo crime de estupro de vulnerável e houve o cumprimento de seis mandados de prisão pelo mesmo delito. A iniciativa foi coordenada pelo Ministério da Justiça e ocorreu simultaneamente em todos os Estados. Entre os presos no Espírito Santo, está um empresário de Vitória que aliciava e levava menores para fazer sexo no motel.

Os indiciamentos e prisões ocorreram no período entre 4 de junho e 15 de julho, segundo o delegado Diego Bermond, da Delegacia de Proteção à Criança e Adolescente. Além dele, participaram da coletiva os delegados Diego Aleluia, titular da DPCA, delegado José Lopes, superintendente de Polícia Especializada (SPE), e o delegado Heli Schimittel, chefe da Divisão Especializada da Região Metropolitana.

“Recebemos a comunicação do Ministério da Justiça para intensificarmos nossas ações sobre estes crimes violentos contra crianças e adolescentes ao longo de um mês e 10 dias”, destacou.

AS PRISÕES

Os detidos foram presos em Barro Vermelho, área nobre de Vitória, além de endereços em Cariacica e Vila Velha. Sobre a prisão ocorrida na Capital, o delegado explicou a maneira como o homem aliciava os menores e despistava para não levantar suspeitas.

“Em fevereiro deste ano, recebemos a informação de que havia um empresário que estava aliciando adolescentes para exploração sexual. Identificamos que ele oferecia R$ 1,2 mil para que essas adolescentes ficassem com ele durante todo o mês e ainda mais R$ 200 para elas indicarem outra menina para praticar o ato sexual. Ele orientou as jovens a dizerem que eram ‘estagiárias’ deste empresário para que os pais não desconfiassem”, disse Diego Bermond.

Bermond detalhou ainda que além da prática sexual, o homem preso em Barro Vermelho levava as menores para lanchar e posteriormente seguia com as jovens para motéis, por vezes com mais de uma menor ao mesmo tempo.

As investigações prosseguem e até o momento a DPCA já identificou 4 vítimas, mas o número pode ser bem maior. O delegado contou que o empresário não foi preso anteriormente porque não foi possível um flagrante. A polícia, entretanto, tem em mãos celulares e outros dispositivos pertencentes ao suspeito, que serão analisados e periciados em busca de vídeos e fotos das adolescentes, podendo ser também indiciado por este crime.

O empresário, contudo, responde em liberdade, visto que não foram encontrados indícios de cometimento do crime de estupro de vulnerável no momento em que foi abordado.

As vítimas, segundo as investigações, são de situação de vulnerabilidade social, por isso são alvos fáceis dos aliciadores.

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