Preocupado com uma possível adoção do distritão na reforma política que tramita no Congresso, o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, defendeu em entrevista ao GLOBO que o modelo atual não deveria passar por mudanças radicais. Pelo distritão, os candidatos a deputado mais votados em cada estado seriam eleitos, sem levar em conta os votos na legenda, como ocorre hoje no sistema proporcional.
Ex-ministro dos governos Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB), Kassab também avalia que “a cada dia surge mais munição” para um processo de impeachment do presidente Jair Bolsonaro, cujo grupo político ele crê que sairá fortalecido na Câmara após as eleições de 2022, mesmo em caso de derrota à Presidência.
O Congresso se prepara para discutir mais uma reforma política depois de proibir, há quatro anos, coligação nas eleições proporcionais e de estipular cláusula de barreira para os partidos. O senhor considera que é necessária outra reforma ou é adepto da tese do cientista político Jairo Nicolau, de que o país não deve mexer nas regras atuais?
As medidas foram tomadas em 2017 e não tem muito sentido pensar numa outra reforma ampla se essa ainda nem foi testada. A coligação nas eleições proporcionais era uma jabuticaba ruim do sistema brasileiro que finalmente foi banida. É a primeira eleição para deputado federal que vamos testar. Já teve para vereador e deu certo, não houve nenhum caos. O objetivo final tem que ser diminuir o número de partidos para que o país tenha mais governabilidade.
O senhor e os presidentes de 10 partidos se posicionaram contra o voto impresso. Qual é o risco de termos a medida aprovada para 2022?
Estou preocupado de haver uma organização para questionar o resultado das eleições do ano que vem.
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