18 de abril de 2024

“Lula não consegue comprar uma pinga sem ser vaiado”, diz Bolsonaro

Ao desacreditar as pesquisas eleitorais que apontam possível vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de 2022, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou que o petista não consegue comprar uma pinga sem ser vaiado.

O mandatário defendia a aprovação do voto impresso, que ele usa como forma de garantir que as eleições serão seguras e transparentes.

“Nós estamos fazendo de tudo para evitar problemas. Olha, o Datafolha diz que o Lula tem 49% e eu tenho 25%. Depois, no segundo turno, ele ganha de 60% de mim. Agora, eu ando pelo Brasil todo, sem problema. Ele não consegue comprar uma pinga no botequim que vai ser vaiado”, disse em entrevista à rádio Itatiaia nesta terça-feira (20/7).

A pesquisa a que o presidente fez referência foi divulgada no início de julho. Ela mostra que o ex-presidente Lula ampliou sua vantagem sobre o atual ocupante do Palácio do Planalto nas intenções de voto para a eleição presidencial de 2022.

Na disputa entre Lula e Bolsonaro em um eventual 2º turno, Lula marca 58% e Bolsonaro, 31%. Brancos e nulos somam 10% e 1% não sabe. Houve oscilação em relação à última pesquisa do instituto, de maio deste ano, quando o petista tinha 55% e o atual presidente, 32%.

O levantamento com 2.074 eleitores, de forma presencial. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

O chefe do Executivo alegou que as pesquisas são fraudadas e disse que ele só conseguiu ser eleito em 2018 porque teve muitos votos. Naquele ano, as pesquisas indicaram tendência de alta nas intenções de voto em Bolsonaro.

Terceira via

O presidente ainda desacreditou a possibilidade de surgimento de uma terceira via nas eleições de 2022. Partidos de centro e direita buscam um nome alternativo entre Lula e Bolsonaro para evitar uma polarização no pleito do ano que vem.

“Tem uma passagem bíblica que diz: seja quente ou seja frio, não seja morno. Então, terceira via? O povo não engole isso aí. O vaselina… O vaselina não vai dar certo, não vai agregar, não vai atrair a simpatia da população. Não existe terceira via, está polarizado. O Brasil hoje em dia está entre mim e o ex-presidiário, que desviou bilhões dos cofres públicos e vai disputar as eleições o ano que vem”.

No dia 16 de junho, um almoço promovido pelo ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS) reuniu representantes de sete partidos: DEM, PSDB, Podemos, MDB, Cidadania, Solidariedade e PV.

Estiveram presentes os presidentes Roberto Freire (Cidadania) ACM Neto (DEM), Bruno Araújo (PSDB), Renata Abreu (Podemos) e José Luiz Penna (PV), além dos deputados federais Herculano Passos (MDB) e Aureo Ribeiro (Solidariedade). Os presidentes do PDT, Carlos Lupi, e do PSL, Luciano Bivar, foram convidados, mas não compareceram.

As siglas seguem longe de chegar a um nome de consenso. O PSDB, por exemplo, fará prévias em novembro de 2021 para escolher o próximo candidato tucano a presidente da República.

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