A família de Hudson Filho, de 1 ano e 8 meses, celebra a recuperação do bebê que foi mordido por um jacaré no lago de um parque em Porangatu, no norte de Goiás. Ele sobreviveu ao acidente, mas os médicos precisaram amputar o antebraço direito do menino. Depois de momentos de muito desespero, com medo de perder o filho, o melhor é poder abraçá-lo de novo.
“É inexplicável porque ele estava sangrando muito. […] Eu falei: ‘Meu Deus, pode levar o bracinho dele, mas deixa ele'”, contou a mãe, Valdelice Andrade, emocionada.
Segundo a mãe, a babã desceu com o filho para o parque e cerca de 15 minutos depois já voltou com o bebê nos braços.
“Ela falou que estava sentada com ele quando viu um vulto de alguma coisa, custou a entender e quando olhou o bracinho dele já estava machucado. O primeiro gesto dela foi pegar a criança”, contou.
O menino foi socorrido e levado para o Hospital de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), em Goiânia, de helicóptero. Lá, ele passou por uma cirugia e o pai teve que decidir sobre a amputação.
“O que é para equipe médica reimplantar um braço? Seria um mérito muito grande, mas colocaria a vida dele em risco”, contou Hudson.
Acidente
O ataque aconteceu no dia 23 de junho, na Lagoa Grande. Após ser ferida, a criança foi transferida de helicóptero para o Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), na capital. O menino ficou 15 dias hospitalizado, sendo que a maioria deles foi em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
A Polícia Militar informou que matou o jacaré que atacou o bebê. De acordo com corporação, um tio da criança foi atacado quando buscava os pertences do sobrinho que ficaram no lago e gritou por socorro. Com isso, uma viatura passava na região e realizou o abate do animal.
Telas de proteção
Após o acidente, a Prefeitura de Porangatu começou a instalar telas de proteção para evitar a aproximação de pessoas na Lagoa Grande.
De acordo com a Secretaria do Meio Ambiente de Porangatu (Semma), as telas de proteção começaram a ser instaladas em pontos estratégicos da lagoa, no dia seguinte ao acidente. Além disso, placas de advertência também foram colocadas no local. O acesso à prainha da lagoa também foi bloqueado.