Por que Messi é, para alguns brasileiros, mais amado que Neymar: a importância e responsabilidade de um ídolo

Depois da final da Copa América, vencida  pela Argentina no último sábado, fogos de artifício foram soltados em várias localidades do Brasil a fora. Ainda que tímidos, eles representavam que havia brasileiros torcendo para, pasmem, os Hermanos, nossos rivais históricos no futebol. Claro que uma parcela significativa era “do contra” por motivos políticos, mas vou pular essa parte chatíssima e concentrar apenas nos que torciam contra a representação de sua própria pátria por outro motivo.

O responsável por isso chamasse Lionel Messi, o craque argentino seis vezes melhor do mundo, capaz de exercer uma liderança silenciosa no Barcelona FC e na seleção da Argentina. Muitos especialistas afirmam que ele pode ter algum grau de autismo, mas independente disso, ele é muito reservado em sua vida pessoal e profissional.

Quando o juiz apitou o fim da partida, todos os jogadores foram direto ao seu encontro comemorar não apenas o primeiro título da Argentina em quase 30 anos, mas o primeiro de Messi com a camisa listrada. Só ele já havia sido vice quatro vezes da Copa América, uma da Copa do Mundo e uma da Copa das Confederações.

A admiração dos companheiros de time, da torcida em geral, é quase unanimidade. Neymar, por sua vez, vai na contramão de tudo isso. De certa forma, faz o oposto do ex-companheiro de Barça. Aos 29, se sente uma eterna criança, deixando os torcedores dos times que joga sempre irritados com farras intermináveis em vésperas de jogos importantes. Durante o período pandêmico, foi muito irresponsável, promovendo grandes aglomerações e deixando de dar bom exemplo para seus fãs.

Em resumo, age como se fosse alheio a qualquer problema, mesmo o menor que for, sempre protegido por uma redoma que inclui seu  pai, o enorme staff que cuida de sua carreira e seus “parças” – um punhado de vagabundos cuja profissão é idolatra o Menino Ney.

Dentro de campo, quase sempre corresponde, mas para mim, com um pouco mais de dedicação, poderia ser o melhor do mundo e liderar o Brasil na conquista de uma Copa do Mundo. Mas Neymar quer ter tudo isso sem o mínimo de senso de responsabilidade, levando tudo na brincadeira. Ele não é uma pessoa má, pelo contrário, todos falam bem dele como pessoa, possui até um instituto que ajuda crianças carentes e está sempre sorrindo, de bem com a vida.

Ele nasceu com enorme talento e abusa disso para utilizar apenas parte dele nos jogos, focando mais sua atenção fora dos gramados em ações publicitárias e passatempos sem futuro, como Tik Tok e Instagram. É preciso mais dedicação para a conquista do topo e ele talvez nem saiba disso.

Ronaldinho Gaúcho lembra muito Ney no sentido de parecer não se importar tanto com nada, mas quando foi melhor do mundo por duas vezes, tinha uma vida mais regrada e físico impecável. Relaxou por completo apenas anos depois. Já Neymar quer curtir insanamente tudo ao mesmo tempo, 24 horas por dia.

O resultado é visto pelos próprios adversários, nas fortes entradas que dão nele todos os jogos, para quebrar mesmo. Lances assim não acontece com Messi e outros jogadores de habilidade, pelo respeito que os mesmos cultivam ao próximo. Já o camisa 10 do PSG, em vez de entender o problema de fato, prefere continuar ser afagado por idiotas e culpar os adversários por deslealdade, fazendo cenas patéticas com mini-acrobacias depois de cada pancada, virando até meme na Copa de 2018.

É por essas e outras que Neymar jamais será o melhor do mundo, nem liderará uma seleção para uma final de Copa do Mundo como Messi fez em 2014, simplesmente por não possuir as características de um líder. Seu talento e carisma raso, quase patético, sempre vão restringir ele para um determinado grupo de adoração, com outro grupo de igual tamanho o repudiando.

A impressão que dá é que para ele tanto faz, é quase bilionário, vai curtir a vida até o último segundo, sem qualquer consequência por seus atos ou falta deles, mas o Olimpo, a glória suprema dos grandes ídolos, isso ele nunca vai ter. Tomara que ele mude, nem que seja por um ano, na Copa do Mundo, e pare de pensar apenas no seu prazer hedonista estúpido e dê um pouquinho de alegria para o tão sofrido povo brasileiro.

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Por que Messi é, para alguns brasileiros, mais amado que Neymar: a importância e responsabilidade de um ídolo