O presidente Jair Bolsonaro confirmou nesta quinta-feira a reforma ministerial que fará, com a nomeação do senador Ciro Nogueira (PP-PI) e o deslocamento de Luiz Eduardo Ramos e Onyx Lorenzoni para outros ministérios.
Bolsonaro inicialmente citou que iria nomear “um senador”, sem especificar qual, e ressaltou que a intenção é um “diálogo melhor” com parlamentares:
— Vamos colocar um senador na Casa Civil que pode manter um diálogo melhor com o parlamento — disse Bolsonaro, em entrevista à rádio Banda B.
Depois, o presidente confirmou que Ciro Nogueira já aceitou o convite e elogiou a “experiência” dele:
— A princípio, é ele. Conversei com ele já, ele aceitou — afirmou. — É uma pessoa que nos interessa pela sua experiência que pode, no meu entender, fazer um bom trabalho.
Atual titular da Casa Civil, Ramos será deslocado para a Secretaria-Geral da Presidência, hoje ocupada por Onyx Lorenzoni. Já Onyx irá para o Ministério do Emprego e Previdência, que será recriado.
Bolsonaro diz que não será feita “nenhuma mudança drástica” e afirmou que a recriação do ministério não trará novos gastos. O presidente negou que esteja recriando um ministério, alegando que houve uma redução no número de pastas após o Banco Central (BC) ganhar autonomia.
— Não vai pesar em nada nas finanças. Não vamos criar cargos.
Saiba:Ciro Nogueira foi alvo de denúncias da Lava-Jato e já esteve ao lado de Lula e Dilma
Bolsonaro também minimizou a declaração de Ramos, ao jornal “O Estado de S. Paulo”, de que não sabia da mudança e que foi “atropelado por um trem”. O presidente disse que Ramos usou uma “força de expressão” e que Ramos continua ministro.