O presidente Jair Bolsonaro publicou no Diário Oficial desta quarta-feira (28) as mudanças da mais recente reforma ministerial do governo.
Com a chegada do Centrão, representado pelo senador Ciro Nogueira na Casa Civil, foi confirmada a ida do general Luiz Eduardo Ramos para a Secretaria-Geral da Presidência e a recriação do Ministério do Trabalho e Previdência para acomodar o deputado Onyx Lorenzoni, fiel aliado do presidente.
A troca nos ministérios já era conhecida desde a semana passada e foram confirmadas por Bolsonaro e pelos envolvidos nos últimos dias, no entanto, apenas com a nomeação no DO os atos são oficiais.
As mudanças foram necessária para permitir a entrada de Ciro Nogueira, presidente do Progressistas, no Palácio do Planalto.
Líder do bloco de partidos fisiológicos que apoia os governos desde 1995, o senador vai coordenar todos os trabalhos do governo, já que cabe ao ministro da Casa Civil centralizar informações dos ministérios para o trabalho conjunto das pastas, além de ser responsável por nomeações e exonerações de diferentes cargos.
Como fiel da balança no Congresso, o Centrão garante apoio ao presidente Jair Bolsonaro, que enfrenta um desgaste na imagem por conta da pandemia e vê surgir protestos nas ruas contra o governo.
Com a chegada de Nogueira, é descartada a abertura de um pedido de impeachment, já que Arthur Lira, presidente da Câmara, é do mesmo partido do agora ministro e participou da costura política pelo cargo.
MINISTÉRIO DO TRABALHO
A recriação do Ministério do Trabalho e Previdência vai na contramão da promessa de campanha de reduzir a estrutura da Esplanada dos Ministérios e reduz o tamanho da pasta da Economia, comandada por Paulo Guedes.
Agora, a área trabalhista ficará sob os cuidados do então comandante da Secretaria-Geral da Presidência, Onyx Lorenzoni.
O deputado do Rio Grande do Sul é aliado de primeira hora do presidente e é da cota pessoal de Bolsonaro, segundo o próprio presidente disse em entrevista recente.
Onyx está no governo desde o início, foi um dos coordenadores da campanha presidencial, e já passou pelo Ministério da Cidadania, Casa Civil é Secretaria-Geral.
Para o cargo até então ocupado por Onyx foi deslocado o general Luiz Eduardo Ramos. O general da ativa era até então o comandante da Casa Civil.
O presidente Bolsonaro nega que a reafirmação do Ministério do Trabalho seja custoso para os cofres públicos e disse que com a autônomo do Banco Central, a instituição perdeu o status de ministério.