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Sena Madureira será exemplo de bons ramais para o Estado, diz diretor do Deracre

Por TIÃO MAIA, PARA CONTILNET

Diretor do Deracre, Petrônio Antunes. Foto: ContilNet

O município de Sena Madureira será uma referência do governo estadual em relação às obras de abertura e conservação de ramais. É o que garante o diretor-presidente do Deracre (Departamento de Estradas e Rodagens do estado do Acre), Petrônio Antunes, responsável pelos trabalhos de trafegabilidade no interior do município.

Ao todo, a região tem pelo menos 1.200 quilômetros a serem atacados. O trabalho, segundo Petrônio Antunes, está sendo iniciado pelos pontos mais críticos.

 

Máquinas fazem recuperação do Ramal Favo de Mel. Foto: Neto Lucena/Secom

Na entrevista a seguir, o diretor do Deracre também anuncia que a segunda ponte sobre o rio Iaco, uma antiga promessa de Gladson Cameli desde que era deputado federal, deve ser licitada no máximo até outubro e as obras devem ser iniciadas ainda em 2021. A seguir, os principais trechos de uma entrevista com o presidente da autarquia:

ContilNet – Presidente, há muitos anos Sena Madureira não recebia uma patrulha de máquinas tão grande para espalhá-las pelos ramais do município e a estrada do Segundo Distrito, que estava numa pendenga entre Prefeitura e Governo, já está praticamente concluída. As obras vão mesmo ter prosseguimento?

Petrônio Antunes – Isso é resultado, primeiro, da reestruturação de um Departamento como é o Deracre que é superimportante para o Estado. O Deracre sempre teve um papel fundamental no desenvolvimento estadual. Neste mês, quando completa 58 anos de fundação, o Deracre está recebendo do governador do Estado, todo o suporte para sua reestruturação, principalmente nessas regionais onde sua presença é cada vez mais exigida. Essas regionais, como a do Purus, do Juruá e outras são muito importantes. Por isso, essa nossa saída para o interior, como aqui em Sena Madureira. As máquinas estão distribuídas em todo o Estado – nas regionais do Tarauacá/Envira, no Baixo e Alto Acre, enfim, em todo o Estado. Todo o maquinário vai atuar de forma efetiva no apoio ao produtor e à área rural, além de intervenções em vias como é o caso da Mário Lobão, em Sena Madureira. É uma estrada antiga, por onde passava a BR, mas, posteriormente à construção da 364, com uma mudança de traçado, ela passou para o município. O prefeito, no entanto, passou a dizer que a estrada pertencia ao Estado e não é. Ela é uma estrada municipal. Mas, para atender a população, a gente parou de discussão e começamos a trabalhar. Entendemos que a discussão não leva à nada. O que leva é o trabalho.

ContilNet – O que vai acontecer agora?

Petrônio Antunes – Muito trabalho, posso garantir, Terminamos a operação tapa-buraco da estrada e vamos entrar agora com a pavimentação e revestimento e sinalização para a entregarmos à população uma estrada com segurança.

ContilNet – Quantos quilômetros de ramais existem na zona rural de Sena Madureira?

Petrônio Antunes – O Estado considera o que é ramal os ramais eixos. Mas nós temos também as chamadas mangas. Aqui em Sena isso gira em torno de 1.200 quilômetros de ramais. É claro que todo ano esse número varia: tem ramal que fecha, há ramal que abre mais, conforme a produção. Um exemplo aqui na região é Manuel Urbano, que tinha 280 quilômetros e hoje está com 640 quilômetros de ramais. Isso depende do trabalho que está fazendo a Prefeitura do Município e do crescimento agrícola. Isso significa que vamos trabalhar em torno de 1.200 quilômetros de ramais, além das mangas. Vamos trabalhar ao mesmo tempo nessas duas circunstâncias.

Máquinas fazem recuperação do Ramal Favo de Mel. Foto: Neto Lucena/Secom

ContilNet – O objetivo do Deracre então é abrir e beneficiar todos os ramais de Sena Madureira?

Petrônio Antunes – Nosso objetivo é fazer os 100 por cento. Recebemos, mesmo que com o atraso na aprovação do Orçamento da União, o maquinário tenha chegado um pouco tardio. Mas vamos trabalhar começando pelos pontos críticos para garantir o maior tempo possível de trafegabilidade dos ramais e depois partir para o melhoramento dos outros pontos.

ContilNet – A segunda ponte sobre o rio Iaco, que é uma promessa do governador Gladson Cameli desde a época em que ele era deputado federal e que ele prometeu a ordem de serviço para 55 dias, começa ainda este ano as obras?

Petrônio Antunes – Há uma força tarefa em torno desse projeto. O projeto estava praticamente pronto quando houve a última grande enchente. A alagação deste ano nos fez ver que era necessário redimensionar o projeto, principalmente nas cabeceiras. Do contrário, numa alagação como a que ocorreu ou em uma maior, a ponte seria coberta pelas águas. Então, tivemos que mexer no projeto e estamos o finalizando agora no fim deste mês para poder mandarmos para a licitação. Estamos finalizando esses ajustes e creio que até o final do mês que vem a gente manda o projeto para licitação. O processo de licitação deve demorar pelo menos 30 dias e então quero estar com este contrato pronto no final de setembro, no máximo início de outubro.

ContilNet – Então você acha que as obras começam este ano ainda?

Petrônio Antunes – A ordem o governador Gladson Cameli é para que aceleremos esse processo o quanto antes e a gente quer começar as obras este ano ainda.

ContilNet – E quanto vão custar essas obras?

Petrônio Antunes – A ponte está orçada inicialmente em R$ 18 milhões, mas com o redimensionamento do projeto vamos chegar R$ 20 milhões.

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