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Sesacre diz que Diocese pediu dinheiro para serviços não relacionados à saúde em convênio da Souza Araújo

Por EVERTON DAMASCENO, DO CONTILNET

Souza Araújo/Foto: Val Fernandes

A Secretaria Estadual de Saúde (Sesacre) disse em nota divulgada nesta quinta-feira (8), a respeito do convênio com a Diocese de Rio Branco para manter a Casa de Acolhida Souza Araújo, que a igreja católica pediu dinheiro para itens que não têm a ver com serviços de saúde.

“A Secretaria de Estado de Saúde do Acre (SESACRE) tem total interesse em celebrar o Termo de Fomento com a Diocese de Rio Branco, desde que o Plano de Trabalho seja ajustado para atender às normativas vigentes”, comentou a pasta.

Ainda nesta semana, a igreja lançou também uma nota dizendo que estava desistindo da parceria com o Estado e que a Casa Souza Araújo fecharia nos próximos dias. O espaço que atende ex-hansenianos está com dívida de R$ 1 milhão, energia cortada e sem pagar os fornecedores e funcionários.

“A Diocese de Rio Branco apresentou o Plano de Trabalho para o fomento com diversos itens que não possuem afinidade com a assistência à Saúde. Assim o termo que seria celebrado em março de 2021, não foi realizado, pois o Plano de Trabalho necessitou de readequação”, continuou a pasta.

A Sesacre disse que nunca fechou as portas para tratar da parceria, mas informa que “causa estranheza o posicionamento da Diocese, no momento em que os ajustes ficaram a ser enviados e os recursos repassados e a entrega não foi feita”.

“No dia 29 de junho, terça-feira, houve uma última reunião em que participaram vários membros da Diocese e Sesacre para alinhar informações e solicitar que a Diocese adequasse o Plano de Trabalho. No dia 1º, quinta-feira, houve um encontro entre o técnico do planejamento da Sesacre e o contador da Diocese, com o objetivo de instruir a elaboração do Plano. O Plano de Trabalho não foi enviado até o momento à secretaria”, informou.

NOTA DE ESCLARECIMENTO

A Secretaria de Estado de Saúde do Acre (SESACRE) tem total interesse em celebrar o Termo de Fomento com a Diocese de Rio Branco, desde que o Plano de Trabalho seja ajustado para atender às normativas vigentes.

Em nenhum momento a Sesacre se furtou em se reunir para prestar esclarecimentos sobre a necessidade de reformulação do Plano de Trabalho para que tão logo fosse executado o Termo de Fomento entre as partes.

No dia 29 de junho, terça-feira, houve uma última reunião em que participaram vários membros da Diocese e SESACRE para alinhar informações e solicitar que a Diocese adequasse o Plano de Trabalho.

No dia 1º, quinta-feira, houve um encontro entre o técnico do planejamento da Sesacre e o contador da Diocese, com o objetivo de instruir a elaboração do Plano.

O Plano de Trabalho não foi enviado até o momento à secretaria.

Nos causa estranheza o posicionamento da Diocese, no momento em que os ajustes ficaram a ser enviados e os recursos repassados.

Em nota anterior deixamos evidenciadas as seguintes questões:

Sobre o Termo de Fomento entre o Estado do Acre e a Diocese de Rio Branco, a Secretaria de Estado de Saúde (SESACRE) esclarece:

• A celebração de instrumentos entre o Estado e as Organizações Sociais são precedidas processo administrativo, seguindo as diretrizes estabelecidas nos atos normativos pertinentes, como: o Marco Regulatório das Organizações Sociais, Lei nº 13.019/2014 regulamenta as parcerias em regime de mútua cooperação, para a consecução de finalidades de interesse público e recíproco.

• Via de regra, a celebração das entidades parceiras é realizada por chamamento público. No entanto, por conta da COVID-19, este não pode ser realizado. Mas, o estado tem buscado meios de gerar assistência em Saúde para a Casa de Acolhida Souza Araujo.

•A Diocese de Rio Branco apresentou o Plano de Trabalho para o fomento com diversos itens que não possuem afinidade com a assistência à Saúde. Assim o termo que seria celebrado em março de 2021, não foi realizado, pois o Plano de Trabalho necessitou de readequação.

•Tal readequação foi enviada a equipe técnica da SESACRE, mas ainda foram necessárias alterações.

•Ocorre que, o Plano de Trabalho norteia a execução de aplicação dos recursos.

•Com ele concluído, é garantida segurança jurídica, tanto para os ordenadores de despesas, a saber: o secretário de Saúde, o diretor do Fundo Estadual de Saúde e demais envolvidos na processo de despesa pública, como a entidade, a saber: todos os participantes na elaboração do Plano que envolve a execução de utilização do recurso e prestação de contas.

Por fim, esperamos que a Diocese reconsidere o posicionamento, para darmos prosseguimento a celebração do instrumento, com a apresentação do plano de trabalho.

Muana Araújo
Secretaria de Estado de Saúde Interina (SESACRE)

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