‘Acordo de paz’ entre facções diminui número de mortes em 8% no Acre

O Acre se manteve dentro da faixa de queda, na ordem de 8%, em relação a assassinatos na comparação com o igual período de 2020. Dois estados da região Norte, Roraima e Amazonas, e outros quatro do Nordeste (Maranhão, Ceará, Piauí e Bahia) indicam aumento nos casos de mortes violentas.

De acordo com dados compilados no Distrito Federal e em 26 estados brasileiros, incluindo o Acre, nos seis primeiros meses de 2021, foram registradas 21.042 mortes violentas. O total foi 1.796 a menos que em 2021, quando morreram 22.838, mesmo com a incidência da pandemia do coronavírus naqueles primeiros seis meses de 2020.

Os dados do Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo (NEV-USP) e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, contam, para efeitos de cálculos, as vítimas de homicídios dolosos, os feminicídios, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte – os chamados crimes em que é verificada a intenção de matar. O estado com a maior queda de mortes foi o Ceará, com -28,8%. Roraima registrou o maior aumento nos crimes: 40,4%.

Especialistas em segurança demonstram preocupação em relação á região Norte, por causa dos índices do Amazonas e Roraima. O Amazonas registrou, assim como Roraima, 36% de aumento e mortes violentas, o que aponta para engajamento e participação do crime organizado nos dois estados.

No Acre, as autoridades de segurança dizem que a redução faz parte do trabalho intensivo dos órgãos de segurança, como propõe o secretário da área, coronel da PM Paulo Cézar Santos. Numa outra ponta, o vereador Arnaldo Barros (Republicanos), que também é pastor evangélico, diz que a redução este ano tem a ver com o trabalho de sua igreja, Geração Eleita, dentro dos presídios. Com o trabalho, segundo o pastor, a igreja conseguiu um armistício em ter as principais facções em atuação no Acre, PCC (ou Bonde dos 13) e integrantes do Comando Vermelho (CV) para que fosse suspensa a guerra e as matanças de seus integrantes. O vereador fez o anúncio sobre o assunto em maio, com exclusividade ao ContilNet.

PUBLICIDADE