Arma apreendida pela polícia pode ter sido usada no assassinato de boliviana, em Epitaciolândia

A Polícia Civil em Epitaciolândia (AC) está cada vez mais próxima de solucionar o assassinato as cidadã boliviana Maria Eugênia Alavi Burga, assassinada, aos 40 anos de idade, na semana passada, no município do interior do Acre. Embora seja comedido em falar sobre o assunto para não alarmar os possíveis envolvidos no crime, o delegado de Polícia Civil de Epitaciolândia, Luis Tonini, informou que entre um grupo de homens detidos e apreensão de uma arma em seu poder podem ser a chave para o esclarecimento do crime.

Um dos homens detidos e que está sendo ouvido pelo delegado chegou a admitir a autoria do assassinato, mas em seguida passou a negá-lo, disse o delegado. Além da negativa, as imagens das câmeras de segurança que gravaram o assassinato não batem com as informações iniciais do depoimento do suspeito sobre toda a dinâmica do crime. No entanto, uma arma apreendida pela Polícia Civil tem todas as características da que foi usada no assassinato.

Na verdade, dos quatro detidos, dois são os suspeitos porque o crime foi cometido com a participação de um segundo homem que deu fuga ao atirador, numa moto. Em depoimento, um dos homens presos revelou ter envolvimento em dois crimes na Capital, sendo um no bairro Recanto dos Buritis e outro no São Francisco, cometidos janeiro e março deste ano. Presos em Brasiléia, os indivíduos pertenceriam a uma facção com atuação em Rio Branco e estariam na região do Alto Acre para assassinar facionados rivais.

Os homens suspeitos da eliminação da cidadã boliviana foram presos no último domingo (08), numa ação do Grupo de Intervenções e Rápidas e Ostensivas (GIRO), juntamente com o Grupo Especial da Fronteira (Gefron), além de par5ticipação da Polícia Civil. Ao todo, foram presas quatro pessoas.

Dois dos indivíduos presos têm passagens por crimes de homicídios e assaltos, um deles inclusive com mandado de prisão em aberto e que estava sendo procurado. Com o quarteto, foi localizado uma pistola automática, calibre 9 milímetros com 14 munições no pente e com sua numeração raspada. A arma passará por perícia e pode estar ligada diretamente ao assassinato da comerciante boliviana ocorrido na semana passada.

Se a perícia confirmar que a arma é a mesma usada no crime, o assassinato da boliviana restará esclarecido e faltará apenas a confissão do autor, já que não seria preciso investigar a motivação. É que, com o roubo da bolsa que Maria Eugênia carregava e com a qual se encontrava na feira “Walter Fernandes de Farias”, onde foi abatida, já caracteriza o crime de latrocínio – o assalto seguido de morte, crime muito mais gravoso que o homicídio simples e qualificado.

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