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Aumenta tensão entre poderes em Brasília, revela deputada

Por TIÃO MAIA, PARA CONTILNET

Perpétua atua como deputada federal pelo Acre. Foto: Assessoria

A deputada federal Perpétua Almeida (PCdoB), que foi assessora do Ministério da Defesa durante o Governo deposto de Dilma Russef, está fazendo divulgar, através de suas redes sociais, entrevista do ex-ministro Raul Jugman dando conta que a implicância do presidente Jair Bolsonaro com o Supremo Tribunal federal (STF) vem de muito antes de seu pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes. O pedido foi apresentado na última-sexta-feira (20), ao Senado Federal, a quem compete, privativamente, julgar os crime de ministros da corte e do presidente da república.

De acordo com o ex-ministro da Defesa e da Segurança Pública Raul Jungmann, em entrevista à revista Veja publicada nessa sexta-feira (20), que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) determinou que jatos sobrevoassem o Supremo Tribunal Federal (STF) acima da velocidade do som para estourar os vidros do prédio. O episódio teria sido antes de os últimos comandantes do Exército Brasileiro (EB), da Marinha do Brasil (MB) e da Força Aérea Brasileira (FAB) decidiram deixar os cargos por respeito à Constituição Federal.

Os então titulares do Exército, general Edson Pujol; da Marinha, almirante Ilques Barbosa Junior; e da Aeronáutica, brigadeiro Antônio Carlos Moretti Bermudez, deixaram os postos em março deste ano, após se reuniram com o ex-ministro da Defesa general Fernando Azevedo e Silva, que também deixou o cargo.

“Ele [Bolsonaro] chamou um comandante militar e perguntou se os jatos Gripen estavam operacionais. Com a resposta positiva, determinou que sobrevoassem o STF acima da velocidade do som para estourar os vidros do prédio. Bolsonaro mandou fazer isso, tenho um depoimento em relação a isso. Ao confrontá-lo com o absurdo das ações desse tipo, eles foram demitidos”, disse Jungmann.

Jungmann também garantiu que as Forças Armadas não estão disponíveis para nenhuma aventura ou golpe, mas avaliou que o desfile de blindados da Marinha, no último dia 10, se tratou de uma “ameaça real ou simbólica”.

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