Comissão da Câmara dos Deputados rejeita retorno do voto impresso

A possibilidade do retorno do voto impresso no processo eleitoral do país, como ocorreu até às eleições de 1996, foi derrotada, na noite desta quinta-feira (05), em comissão da Câmara dos Deputados, por ampla maioria de votos. O resultado foi de 22 votos a 11.

Única deputada do Acre na Comissão, Perpetua Almeida (do PCdoB) votou contra a proposta. Outra Comissão também estuda a reforma do Código Eleitoral.

A rejeição à proposta é uma derrota imposta ao presidente Jair Bolsonaro, que vem defendendo o fim da urna eletrônica e ameaça não aceitar o resultado eleitoral em 2022 caso sua vontade não prevaleça.
A rejeição, no entanto, não impede que a proposta continue tramitando na Câmara, até ser debatida em plenário, conforme defendeu o presidente Arthur Lira (PP-AL). Mas a derrota faz com que as condições políticas pelo retorno do voto impresso fiquem ainda mais adversas para o presidente e seus defensores.

A autora do projeto é a deputada bolsonarista Bia Kicis (PSL-DF) e o relator derrotado foi Filipe Barros (PSL), outro não menos bolsonarista eleito pelo Paraná. O relator apareceu ao lado do presidente na noite de quarta-feira em live na internet na qual ambos defendiam o fim da urna eletrônica.

PUBLICIDADE