Ícone do site ContilNet Notícias

Covid: Fiocruz diz que AC tem menor ocupação de UTI no Brasil, mas alerta para nova fase da pandemia

Por EVERTON DAMASCENO, DO CONTILNET

Rio Branco está entre as capitais com aumento de casos/Foto: Odair Leal/Secom

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) lançou nesta quarta-feira (25) o último boletim observatório da Covid-19 mostrando os índices de ocupação das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) de todo o país.

O Acre se destaca mais uma vez como o Estado com o menor percentual de leitos ocupados, com 9%. No outro extremo, considerado crítico, está Roraima, com 84%. Nas capitais, Rio de Janeiro (96%) e Boa Vista (84%) mantêm-se em nível muito crítico.

Os dados foram coletados entre 15 e 21 de agosto.

Variante Delta

Em avaliação, a Fundação fez um alerta sobre a chegada da variante Delta. No Acre, 13 casos deram “sugestivos” para a cepa.

“Após o pico de casos e óbitos, observado de março a maio de 2021, a incidência de Covid-19 vem caindo, acompanhada pela queda de mortalidade. No entanto, a alta taxa de positividade dos testes, somada ao espalhamento da variante Delta, pode favorecer a formação de um patamar elevado de transmissão por um longo período, ainda que com a redução de óbitos, em função da vacinação”, diz um trecho do boletim.

Cobertura vacinal

Sobre a cobertura vacinal contra o coronavírus nos estados brasileiros, a pesquisa apontou para um “progresso lento”.

“Os dados mostram um progresso lento da cobertura vacinal, com uma média de 1 milhão de doses aplicadas por dia. A capacidade do SUS para a distribuição e aplicação de vacinas pode chegar a 2 milhões de doses, cifra que foi alcançada em alguns dias”, continua.

Circulação de pessoas nas ruas

A retomada da circulação de pessoas nas ruas também aumentou, de acordo com a Fiocruz.

“Aliado a isto, há também uma retomada da circulação de pessoas nas ruas, em padrão próximo ao anterior à pandemia. A pandemia ainda persiste e um comportamento de atividades em níveis pré-pandêmicos, junto a um relaxamento das medidas de prevenção por parte de pessoas e gestores, contribui para a alta propagação do vírus”, destaca.

“Nova fase da pandemia”

Os especialistas da fundação orientam que é importante reestruturar e reforçar os serviços de saúde para a “nova fase da pandemia”.

“Neste cenário, é importante reestruturar e reforçar os serviços de saúde, desde as atividades de vigilância e atenção primária de saúde até os hospitais, para a nova fase da pandemia. É necessário também retomar as ações de testagem e rastreamento de contatos, de modo a identificar casos que necessitem cuidados hospitalares ou intensivos, ao mesmo tempo em que se interrompem as cadeias de transmissão. Permanecem como fundamentais o uso de máscaras, principalmente em ambientes fechados, a higienização das mãos com frequência e a manutenção de distanciamento físico, evitando-se completamente aglomerações. Esses cuidados são necessários para que se contenha a transmissão do vírus e se evite o surgimento e a circulação de novas variantes”, finaliza.

Sair da versão mobile