O deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB), usou seu tempo no pequeno expediente na Assembleia Legislativa nesta terça-feira (3), para lamentar o falecimento do servidor Cleomar Gouveia, o ‘Gouveião’, um dos profissionais mais antigos e queridos servidores da Aleac.
Em seguida, o deputado endureceu o discurso e criticou o Governo na condução da polêmica envolvendo o cadastro de reserva da Polícia Militar. Ele diz que por pelo menos quatro vezes levantou o debate sobre a convocação dos aprovados e ele diz que em outros momentos o Governo e a Procuradoria Geral do Estado garantiram que havia dinheiro para a convocação, além disso, diz ele, em duas audiência públicas realizadas na Aleac também foram concluídas com a informação de que haveria vagas ainda em 2021 para a convocação dos aprovados, incluindo as vagas para irem para os bombeiros.
Esta manhã, o Governo lançou uma nota com o resultado de um levantamento financeiro e orçamentário feito pela Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag), Secretaria de Estado da Fazenda e Procuradoria Geral do Estado (PGE) que trata da possibilidade de nomeação de 200 pessoas para o cargo de policial militar.
Um estudo inicial feito pela Seplag e pela Sefaz apontava para o objetivo de nomear 325 alunos policiais militares, mas a PGE afirmou que, pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), só é possível a contratação de 200 profissionais.
Segundo a nota, os outros 125 candidatos serão transferidos para o preenchimento de 125 vagas no Corpo de Bombeiros Militar, se o projeto de lei que será encaminhado pelo governador Gladson Cameli for aprovado pelos deputados nos próximos dias
Para Edvaldo, Gladson foi ‘potoqueiro’, que significa mentiroso, ao afirmar que convocaria os aprovados e depois voltar atrás. “O que não está existindo é fidelidade do governador à sua palavra, o que existe é que hoje o governador diz uma coisa, amanhã o secretário diz outra, e depois, a Procuradoria outra e faz dos sonhos desses jovens brincadeira. O que o governador fez nas escadarias foi usar o nome do Senhor em vão, pois fizeram uma oração para finalizar o acampamento [em novembro do ano passado], isso é pecado, governador. Logo depois, esqueceu o que disse”.
Segundo Edvaldo, o que Gladson fez com os acampados em novembro do ano passado, quando os aprovados permaneceram 6 dias acampados no hall da Aleac, foi maldade. “Um ato de humilhação, os jovens que estavam lutando e celebrando o fim do acampamento, liga para o pai. ‘estou aqui do lado do governador’ e o governador diz para aquele pai ‘o seu filho vai ser soldado’ e agora o filho tá aí, acampado de novo”, diz Magalhães, enfatizando que mais uma vez acampam no hall da Aleac. A primeira vez foi em maio, quando receberam a promessa de serem convocados.
“Cometeram um crime eleitoral, depois deram um calote na promessa, portanto, um estelionato eleitoral, agora arranjam desculpas. Ainda dá tempo, de cumprir a promessa”, finaliza.