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Governo, TJ e MPAC assinam termo para implantação da Central Integrada de Alternativas Penais de Cruzeiro do Sul

Por ASCOM

Governo do Estado, Tribunal de Justiça do Acre (TJAC), Ministério Público do Acre (MPAC) e Defensoria Pública Estadual (DPE-AC) firmaram termo de cooperação técnica para a implantação da Central Integrada de Alternativas Penais (Ciap), em Cruzeiro do Sul Foto: Diego Gurgel Gurgel/Secom

Como parte das atividades em alusão aos 15 anos da Lei Maria da Penha e da 18° Semana de Justiça pela Paz em Casa, o governo do Estado, Tribunal de Justiça do Acre (TJAC), Ministério Público do Acre (MPAC) e Defensoria Pública Estadual (DPE-AC) firmaram termo de cooperação técnica para a implantação da Central Integrada de Alternativas Penais (Ciap), em Cruzeiro do Sul. Com investimento superior a R$ 1 milhão, a iniciativa garantirá atendimento a 500 pessoas em regime de cumprimento de pena de prisão.

O ato de assinatura ocorreu na noite desta sexta-feira, 13, no Teatro dos Náuas. A solenidade contou com a presença do governador Gladson Cameli; do presidente do Instituto de Administração Penitenciária (Iapen), Arlenilson Cunha; da desembargadora do TJAC, Eva Evangelista; da procuradora-geral de Justiça do MPAC, Kátia Rejane de Araújo Rodrigues; e demais autoridades.

A Ciap de Cruzeiro do Sul será um importante mecanismo de intervenção em conflitos e violência, além do próprio encarceramento no sistema prisional. A iniciativa tem como principal objetivo a promoção da cultura da paz por meio da oferta de serviço de acompanhamento as penas restritivas de direitos; transação penal; suspensão condicional de processo; suspensão condicional de pena privativa de liberdade; técnicas de justiça restaurativa; medidas protetivas destinadas aos autores de violência contra as mulheres; entre outros.

Em sua fala, o governador Gladson Cameli destacou os esforços realizados para conter a violência no estado. O gestor aproveitou a oportunidade para agradecer a parceria interinstitucional e reforçou que ações como esta são fundamentais para transformar positivamente a atual realidade.

“É sempre muito bom estar em um evento como este celebrando parcerias com o Tribunal de Justiça e Ministério Pública. São duas instituições sérias e que contam com o meu respeito. Sabemos que a situação de violência vivenciada no Acre nos preocupa, mas eu tenho a certeza que vamos virar esse jogo buscando viver em uma sociedade pacífica”, afirmou.

O presidente do Iapen lembrou que a central já existe no Acre há dois anos. Segundo Arlenilson Cunha, o mecanismo vem para auxiliar o Estado na verdadeira reinserção de apenados a sociedade. “Temos que ter um sistema prisional que reintegra, ressocializa e devolva o indivíduo ao convívio social. A Ciap de Rio Branco atende mais de 700 cumpridores de medidas e temos percebido que o nosso objetivo tem sido alcançado. Com certeza, aqui em Cruzeiro do Sul não será diferente”, pontuou.

Referência na luta pelo fim da violência doméstica e familiar, a desembargadora Eva Evangelista comemorou a assinatura do termo de cooperação técnica e fez questão de destacar o empenho da gestão de Gladson Cameli para que a central fosse criada no segundo maior município acreano.

“Gostaria de agradecer e fazer este reconhecimento ao governo do Estado pelo importante esforço na implantação da Ciap, aqui em Cruzeiro do Sul. Acredito muito na ressocialização e ela só ocorre com medidas em que o agressor reconhece suas responsabilidades”, expôs.

A procuradora Kátia Rejane aproveitou o momento para relembrar dos registros de feminicídios no estado. Segundo a chefe do MPAC, a união das instituições está sendo fundamental para enfrentar o problema e mudar o atual cenário.

“Estivemos por três anos seguidos em primeiro lugar no ranking de feminicídio e isso nos preocupava muito. Hoje, esse quadro começa a mudar e é graça aos esforços das instituições, que temos buscado dar cumprimento as medidas que recaem sobre a questão da violência contra a mulher”, enfatizou.

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