O Rio Acre atingiu nesta sexta-feira (13), a marca de 1,54 metros em nível de alerta máximo. São 26 centímetros a menos que o ano passado nesta mesma data, quando o manancial marcava 1,80 metros. “Isso é muita coisa para esse período”, explicou o coordenador da Defesa Civil, major Claudio Falcão.
Há 45 dias não chove no Acre e por isso a situação preocupa ainda mais. A escassez de chuva gera ainda outros agravantes como o aumento de queimadas, acarretando fumaça que prejudicam a saúde. Até o dia 11 de agosto, foram 1478 focos de queimadas durante o ano, a maioria deles, 950 focos, foram somente entre os dias 1 e 11 de agosto.
Outro problema é a baixa umidade do ar que também atingiu nível crítico para a saúde e ao longo da semana oscilando entre 20 e 30%, o que caracteriza o estado de atenção para a saúde humana e não está descartada a possibilidade de até domingo (15) ficar ainda mais baixa.
A boa notícia foi dada pelo pesquisador Davi Friale. Segundo ele, as chuvas voltam a ocorrer na próxima semana, trazendo alívio aos acreanos.
A partir do próximo domingo, uma massa de ar úmido, originária do oceano Atlântico Norte, começará a avançar na direção do Acre, trazendo nuvens e calor abafado. Assim, a próxima semana terá umidade suficiente para permitir chuvas, que poderão ser fortes e acompanhadas de raios e ventanias, em todos os municípios do estado”, destacou.
Mas mesmo que isso amenize a situação, ainda, não serão consistentes, então a situação só deve ser resolvida mesmo em meados de outubro quando começa o período chuvoso em que são esperados volumes pluviométricos significativos.
“Antes, ainda haverá incursão de algumas ondas de frio polar, inclusive, neste mês de agosto, deixando noites frias e dias secos”, finaliza Friale.