Jovem escritora desenvolve projeto que leva oficina de poesia para estudantes de Rio Branco

“A poesia é o sentimento que sobra ao coração e sai pela mão”. Esta frase da poetisa espanhola Carmen Conde sintetiza bem a iniciativa que a escritora acreana e produtora cultural, Rayssa Castelo Branco, está desenvolvendo nas escolas de Rio Branco. O projeto “Oficina de Poesia – Pequenos Grandes Poetas” leva o aperfeiçoamento do gênero poema para estudantes da rede básica de ensino, com o intuito de estimular o interesse na leitura e escrita.

A jovem, que também é vice-presidente da Academia Juvenil Acreana de Letras (Ajal), contou que o objetivo principal das oficinas é de fazer com que os estudantes desenvolvam interesse em ler e escrever poemas. Em decorrência da pandemia de Covid-19, que ainda impossibilita a volta dos alunos de escola pública às salas de aula, a programação está sendo realizada em sete escolas públicas e privadas.

A jovem é vice-presidente da Academia Juvenil Acreana de Letras (Ajal)

“Esse projeto nasce de alguns anos atrás, e está se concretizando agora. Desde o lançamento do meu primeiro livro, aos 15 anos de idade, eu comecei a fazer visitas em escolas públicas de Rio Branco, levando um pouco do meu livro, da escrita e da poesia para os alunos, justamente por acreditar que precisamos estimular a leitura e a escrita. Inspirar estas crianças para que eles escrevam e leiam, bem como apresentá-los uma autora acreana é de suma importância para que eles vejam como funciona a trajetória de um escritor”, pontuou.

PEQUENOS GRANDES POETAS

O projeto é financiado pela Prefeitura de Rio Branco, através do Edital do Fundo Municipal de Cultura 02/2020 – Área de Arte, e executado pela Fundação Municipal de Cultura, Esporte e Lazer Garibaldi Brasil (FGB). Na oportunidade, a escritora também disponibilizará, para cada escola participante, 20 cópias de sua obra “Versos ao Acaso” para que os estudantes possam consumir um pouco da literatura que é produzida no estado.

Segundo a escritora, o projeto conta com a participação de outros jovens escritores e artistas que fazem aberturas com músicas, encenações teatrais e recitação de poesias. Além disto, Rayssa enfatizou que os melhores poemas escritos pelos alunos serão reunidos e publicados em uma coletânea, também produzida pelo projeto, que se chama “Pequenos Grandes Poetas”, previsto para lançar em outubro, e que serão disponibilizadas para as escolas participantes, espaços de cultura da cidade e bibliotecas.

“Isto (a coletânea) é para que os alunos possam ver os poemas publicados e se sentirem motivados a se tornarem, verdadeiramente, escritores. Algo que nós observamos é que as crianças escrevem maravilhosamente bem. Nós lemos poemas maravilhosos escritos por elas. A receptividade dos alunos tem sido incrível, percebemos que durante a pandemia, muitas crianças ficaram sem atividades culturais, sem escola, e agora neste momento de retorno, é importante que tragamos estas atividades para que estimulem tanto a criatividade como a imaginação delas”, salientou.

Os melhores poemas escritos pelos alunos serão reunidos e publicados em uma coletânea

 

“INSPIRAÇÃO PARA MIM”

O projeto ainda está em execução, com previsão de término para o final de agosto. Após isso, os organizadores começarão o processo de avaliação dos poemas produzidos nas oficinas. “Quando os livros estiverem prontos, eu retornarei às escolas para fazer um momento de parabenização e de exaltação dos pequenos grandes poetas para que eles possam se sentir motivados e que assim, eles continuem neste caminho da leitura e escrita”, comentou.

A estudante do colégio Padre Diogo Feijó, Micaely Maciel, de 11 anos, foi uma das participantes das oficinas. Ela contou que achou interessante a iniciativa, visto que nunca tinha se aprofundado na poesia e nem participado de algo parecido.

“Uma das coisas que eu mais gostei foi o jeito que a Rayssa se expressava, li alguns poemas dela e aquela criatividade me deixou boquiaberta, ela virou uma inspiração para mim”, pontuou, complementando que todos tiveram, durante as oficinas, o momento-escritor, onde eles colocavam na prática o que haviam aprendido.

A também aluna da mesma escola, Maria Eduarda Araújo, de 11 anos, comentou que achou divertida a experiência, e que levará adiante os conhecimentos adquiridos. “Eu produzi dois poemas, gosto demais de língua portuguesa. Ela foi a primeira escritora que eu vi pessoalmente”, disse.

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