O marketing não morreu e, provavelmente, nunca morrerá.
Uma agência SEO de qualidade sempre terá seu espaço no mercado, assim como bons marqueteiros, publicitários, designers de produto e todos os profissionais que estão envolvidos em fazer com que uma marca se torne conhecida, referência em qualidade e desejo de consumo. Porém, não é absurdo dizer que o que fez com que grandes marcas chegassem ao topo do mundo nas décadas passadas, já não surtiria o mesmo efeito no momento atual.
Segundo o site de notícias de comunicação, marketing e publicidade Meio e Mensagem, em matéria de Adriano Araújo, Diretor-Geral da Symphony EYC no Brasil, ainda não é possível afirmar que as pessoas estão deixando de ser fieis às marcas, porém, a cada dia que passa, o interesse por ostentar uma etiqueta se torna mais irrelevante, especialmente quando comparado ao que pode ser uma experiência positiva de compra.
Entre receber um cupom de desconto para adquirir um item desejado em uma loja menor, ou comprar um item de etiqueta famosa em um site gigante, muitas pessoas optam por ganhar uma vantagem e participar de uma promoção. Não apenas pelo desconto em si, mas porque se sentem prestigiadas com a oportunidade. O que, muitas vezes, não acontece quando se é consumidor de uma marca já famosa e consolidada, que não precisa “mimar” seu público para mantê-lo.
Aliás, importa dizer que várias pesquisas já apontaram que os Millennials, pessoas de 19 a 35 anos, valorizam mais o preço do que a marca e estão cada vez menos preocupados com a ostentação e o status.
Para a maioria desse público, o que vale é a experiência.
Isso não significa que seja impossível conquistar o público jovem-adulto. Muito pelo contrário. O ponto é que, para eles, está claro que utilizar uma camisa com um grande logotipo não os faz mais bem sucedidos que outras pessoas. O que eles querem é facilidade. Benefício real. E as grandes empresas já notaram isso.
Um exemplo prático e atual, de uma grande instituição bancária e de crédito é o Cartão de Crédito SX Santander.
Disputando espaço com cartões de bandeiras recém-lançadas e que se comunicam muito bem com o público mais jovem, como é o caso do Nubank, que conquistou a geração que não quer saber de fila de banco e caixa eletrônico e quer resolver tudo em alguns cliques e com a senha do celular, o Santander criou um cartão com design bem mais jovem, com um estilo que chama atenção dos gamers, e passou a utilizar gamificação para fazer com que seus clientes escolham utilizar mais o seu cartão do que o de outras bandeiras.
As vantagens: anuidade zero em faturas acima de R$100 e promoções de metas em que o cliente se compromete a gastar um valor “x” naquele mês e, se cumprir a meta, ganha descontos de até 1% sobre o valor total da fatura.
No que se baseia a campanha? A compreensão de que o público jovem não é como seus pais ou avós, que tinham conta em apenas um banco a vida toda.
Os Millennials não sentam em frente ao gerente enquanto balançam as pernas e torcem para ter um limite bom aprovado.
Eles abrem quantas contas forem necessárias, pedem quantos cartões quiserem e não estão interessados em ter um cartão black para ostentar e pagar uma anuidade caríssima.
Preferem ter vários cartões e deixar que os bancos e fintechs compitam entre si para ganhar sua preferência de uso diário.
A mudança é substancial.
Se não houver benefício real, não há nada que faça um cliente permanecer muito tempo com a marca. Seja ela uma instituição, uma grife, uma empresa de tecnologia ou outra qualquer.
Vale dizer que, quase 70% dos Millennials participam de algum programa de fidelidade.
O motivo?
Certamente não é porque a marca aparece nos intervalos de alguma novela ou programa televisivo.
Há um benefício claro para isso! Cashback, descontos, milhas, pontos que podem ser trocados por produtos ou dinheiro, experiências de valor ou comodidade e facilidade para o uso.
Se não houver clareza, provavelmente não haverá interesse.
Em relação à fidelidade, ainda há outro ponto que deve ser destacado: Segundo pesquisas, 42% dos consumidores toleram até duas experiências negativas com uma marca, empresa ou prestadora de serviços. Depois disso, eles encerram sua relação com o produto e partem para o próximo, mesmo que tenham que perder alguns benefícios com isso.
Esse tipo de informação, somada ao fato de que, hoje, as experiências circulam através de redes sociais e vídeos que podem ganhar o mundo em minutos, tem feito com que as marcas realmente repensem sua forma de se relacionar.
Não basta mais ser um produto exclusivo, famoso e presente na vida de celebridades para que as pessoas comuns aceitem pagar por alguma coisa. As marcas precisam ter, na ponta da língua, a resposta clara, quando o cliente perguntar: “o que eu vou ganhar com isso?”.