Mimessi diz nos ‘dinossauros’ que ato do STF contra Jerfferson representa a volta do absolutismo

Logo depois de completar 30 anos, SICTV/Record de Rondônia deu mais um presente especial aos seus telespectadores. Foi no programa Papo de Redação, neste último sábado, com os melhores momentos reprisados no SIC News da segunda-feira à noite. A presença do desembargador aposentado Renato Mimessi, uma das mais respeitadas vozes do Judiciário rondoniense durante quase três décadas, foi um daqueles momentos em que o jornalismo local marca um golaço.

Ao lado de Everton Leoni, Beni Andrade, Hiran Gallo e Sérgio Pires, os Dinossauros da TV, com participação especial do advogado Juacy Loura Júnior, Mimessi dissecou, com a experiência e a sabedoria de uma vida dedicada à verdadeira Justiça, o que está acontecendo no nosso país, nesses dias conturbados. Falou principalmente em relação ao STF. No caso  específico da prisão do presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, o magistrado considerou que o inquérito “é uma excrescência!”. Mimessi chegou a considerar que a medida representa “o absolutismo que nós enterramos há séculos atrás”.

A voz do participante de luxo do programa Papo de Redação da SICTV, vai ao encontro de dezenas de opiniões dos maiores juristas brasileiros, que consideraram o ato inconstitucional, ilegal e que colide com o direito básico à livre opinião. Obviamente que Jefferson cometeu crimes, que exagerou nos ataques ao tribunal superior e a seus ministros, mas mesmo assim, um processo contra ele deveria seguir os trâmites determinados pela Constituição e nunca pisoteando sobre ela, como aliás, o ministro Alexandre de Moraes tem feito mais de uma vez.

A própria Procuradoria Geral da República, consultada, deu parecer contrário à prisão. De forma ditatorial, ignorando o que garante nossos direitos básicos, Moraes agiu como um ditador de toga, com contorcionismos legais, ignorando a posição do Ministério Público, que é quem denuncia e praticou todos os atos a que o país assistiu, assustado. Em boa parte do programa dos Dinossauros, este foi o grande assunto, como o foi na imprensa nacional, embora, na maioria dos casos, ela tenha ficado ao lado da ilegalidade e da inconstitucionalidade, por questões ideológicas e porque ataca qualquer um que defenda o governo  Bolsonaro.

Com equilíbrio, bom senso e de olhos voltados para o bom jornalismo, os Dinossauros debateram o tema. A posição clara e equilibrada do desembargador aposentado Renato Mimessi, coincidiu com as opiniões dos participantes do Papo de Redação, além de muitos telespectadores: nosso país corre um grande risco de um rompimento institucional, depois de mais uma decisão tenebrosa de um ministro do nosso Supremo. Quem perdeu a atração da SICTV, não pode assistir os melhores momentos da participação de Mimessi no SIC News ou quer rever o Papo de Redação dos Dinossauros, basta acessar o link https://youtu.be/EgEKpgcpiSg. Está tudo lá, na íntegra!

CASSAÇÃO DE MINISTROS DO STF, TERIA UM SÓ VOTO A FAVOR DA NOSSA BANCADA, NO SENADO

Embora a pressão do eleitorado rondoniense tenha feito o quase milagre de oposicionistas ferrenhos ao governo Bolsonaro terem mudado seu voto em relação ao voto impresso (como o é Mauro Nazif e como o partido, o PSD, de Expedito Netto e o PDT de Sílvia Cristina), no Senado o quadro não seria favorável à intenção do Planalto para eventual abertura de um processo de cassação contra ministros do STF.

Embora, como sempre, apoiando o governo, o senador Marcos Rogério tenha ido às redes sociais defender a instalação do processo, dizendo que ele seria totalmente dentro da Constituição, os votos de Confúcio Moura e Acir Gurgacz seriam contrários. Gurgaz por ser do PDT e porque, como não disputará cargo eletivo em 2022, a princípio, seguirá a orientação da sua sigla. Sua proximidade com o Planalto é pequena.

Já o senador Confúcio Moura daria um não convicto. Ele tem sido uma voz dura contra o governo Bolsonaro, ao ponto, por exemplo, de ter escrito um duro texto contra o desfile de tanques em Brasília, na semana passada. Confúcio ignorou a coincidência das datas de um evento agendado há semanas com a votação, na Câmara, do projeto do voto impresso. O senador rondoniense viu sinais de tentativa de golpe por parte do governo. Candidatíssimo ao Governo, em 2022, Confúcio manterá sua oposição, diante de um eleitorado que tem sido, em sua significativa maioria, pró Bolsonaro?

EM ÁUDIO, SÉRGIO REIS AMEAÇA SENADO E DIZ QUE PAÍS PARA EM 7 DE SETEMBRO

Um áudio do cantor sertanejo Sérgio Reis, um dos artistas mais queridos do país e que foi deputado federal de 2015 a 2019, está bombando nas redes sociais. Nele, Reis diz a um interlocutor que o movimento dos caminhoneiros e do agronegócio que está sendo preparado para 7 de setembro, pretende paralisar o país, caso o Senado não atenda duas das principais reivindicações desses setores: o impeachment dos onze ministros do STF e a autorização para que o voto impresso já valha para a eleição de 2022.

Há enorme mobilização em todo o país, incluindo Rondônia, onde lideranças do setor estão se preparando para ir a Brasília, participar do enorme protesto que está sendo preparado. A intenção é defender o país, mas a forma como o movimento está sendo anunciado, assusta um pouco. A intenção de impor ao Senado o que deve fazer, não é um exagero? Não dá um tom de ditadura? Como parece que não há margem para negociação (ou as autoridades aceitam as exigências ou o país para, avisam os líderes do protesto!), não fica parecendo uma forma ditatorial de combater a ditadura do STF? E obrigar os senadores a votarem um tema que já foi derrotado na Câmara, sob ameaças, é o melhor caminho para resolver a questão? Esperemos para ver, para que o país não seja jogado numa conflagração, que é, aliás, o que a minoria oposicionista mais aposta neste momento.

SEM CONTROLE, QUEIMADAS TOMAM CONTA DA CAPITAL E CIDADES DO INTERIOR

Mais de 3.200 focos de incêndio num só dia, quase a metade apenas na Capital e Distritos: é assim que estamos vivendo, sob fogo e fumaça, mais um verão amazônico. As queimadas estão totalmente proibidas há anos, mas principalmente neste período de pandemia, onde o risco do vírus se associa ao de doenças pulmonares, podendo causar um número inacreditável de vítimas. Aliás, desde que começaram as queimadas, o Hospital Infantil Cosme e Damião está lotado de crianças com problemas respiratórios.

As campanhas que são feitas anualmente já não têm qualquer resultado prático. Não há consciência, cada um faz o que quer, colocar fogo na mata, na floresta, nos terrenos onde houve derrubadas e até em lixo nas residências, em vários bairros da Capital e cidades do interior, se tornaram algo tão comum como respirar o ar poluído e cheio de riscos que todos respiramos. Para se ter ideia, Candeias ao Jamari, ao lado de Porto Velho, registrou, num único dia, mais de 500 pontos de queimadas.

As autoridades não dão conta da fiscalização e nem as multas, algumas milionárias, que têm sido aplicadas. Bombeiros, Ibama e outras instituições que lutam contra o fogo já não dão conta. Ou se começa a prender os incendiários ou vamos todos viver, neste longo e quente verão, um período de doenças e tristezas para todos os rondonienses. Tudo isso no meio de uma pandemia assassina. Socorro!

BOMBEIROS LUTAM CONTRA O FOGO, MAS NÃO DÃO CONTA DE CONTER TODOS OS INCÊNDIOS

O Corpo de Bombeiros tem atuado com grandes equipes, tentando, dentro das suas possibilidades, para ao menos amenizar a situação das queimadas, que pioram a cada dia. O coronel Leal, subcomandante da corporação, ao participar, nesta segunda-feira, do programa Papo de Redação (Parecis FM, segunda a sexta, meio dia às 14 horas), falou sobre o assunto, destacando o trabalho que está sendo feito pela corporação, na tentativa de combater esses crimes contra o meio ambiente e contra a população.

Segundo ele, há uma série de medidas contra as queimadas. Uma equipe de 135 bombeiros foi separada apenas para ajudar no combate ao fogo das queimadas. Esse grupo ainda tem a contribuição de pelo menos mais 20 membros da Polícia Militar e outros seis, como apoio. O problema maior, para os bombeiros, é combater a cultura das queimadas, arraigada entre os produtores, mas também nos proprietários de terrenos baldios, que usam o fogo todos os anos. Os bombeiros lutam e fazem o que podem. Mas, até agora, não têm como estar em todas as frentes. Quando são 3.200 focos no Estado, não há como controlar tudo isso.

PORTOS NA FRONTEIRA COM A BOLÍVIA: TEMA DE NOVO ENCONTRO COM BOLSONARO

O empresário César Cassol, que faz parte daquele rol de destemidos desbravadores de negócios para toda nossa região com nossos vizinhos bolivianos, terá, em breve, nova reunião com o presidente Jair Bolsonaro. A audiência está sendo intermediada por representantes da bancada federal. César vai liderar um pequeno grupo de empresários que pedirá novamente, ao Presidente, a emissão de documento criando dois portos internacionais, um em Guajará Mirim e outro em Costa Marques.

Isso facilitaria sobremaneira o comércio da fronteira entre os dois países, hoje submetido a uma burocracia infernal, ao ponto de um produto brasileiro, como o calcário que o Grupo César Cassol comercializa com nossos vizinhos, levar até 90 dias para ser liberado, obviamente a um custo muito alto, ao ponto de tornar o atual sistema praticamente inviável nas negociações. Os próprios empresários garantem os investimentos para construção e instalações dos portos, mas dependem de acordos entre os governos do Brasil e da Bolívia para que os negócios possam ser ampliados dos dois lados da fronteira.

Os bolivianos têm vários produtos para nos vender e nós temos de tudo o que eles precisam. Agora, só falta um documento que oficialize os dois portos, para que a situação seja resolvida, com imensos benefícios econômicos para os dois países.

 ASSAÍ CHEGA PARA TER MAIOR MERCADO DE RONDÔNIA E OFERECENDO 600 EMPREGOS

Numa área gigantesca, que já sediou uma faculdade e o jornal Alto Madeira, entre outros empreendimentos, começa a ser preparada a obra do maior supermercado da Capital. A rede Assai, que já tem uma loja da BR 364, na Capital, vem com tudo, com toda a sua grandeza e com um investimento milionário, a grande empresa do setor chega, já oferecendo nada menos do que 600 empregos diretos.

Para se ter ideia dessa gigantesca empresa com sede em São Paulo, tem 187 lojas em todo o país, com um total aproximado de 30 milhões de clientes. É uma das dez maiores empregadoras do país, com mais de 50 mil empregados.  No outro lado da moeda, com a chegada desses gigantes, o pequeno comerciante, alguns que estão no mercado há anos, acabam desaparecendo. É o que acontece, por exemplo, nas redondezas das lojas Havan, que tomam conta da clientela, fazendo sumir os pequenos lojistas. O mercado, contudo, não tem sentimentos.

Na medida em que os grandes chegam, a tendência é o extermínio dos pequenos. O Assai vai concorrer também com grandes organizações, como o Grupo Irmãos Gonçalves, esse também de grande importância para a economia do Estado e que, certamente, continuará crescendo.

 NÚMEROS DA COVID CONTINUAM CAINDO, GRAÇAS AO CRESCIMENTO DA VACINAÇÃO

Três mortos no sábado, um no domingo. Dos 85.632 casos registrados em Porto Velho, 82.563 se recuperaram; 2.499 mortos e ainda apenas 570 casos estão sob observação. Segundo o Boletim 513 da Sesau, oficialmente, até o domingo, a Capital já tinha aplicado mais de 350 mil doses (sem contar os números das aplicações da quinta e da sexta passadas). Foram 266.081 da primeira dose e 84.288 da segunda.

Segundo o mesmo Boletim, algumas cidades rondonienses já chegaram a um percentual elogiável de vacinação. Entre elas Ariquemes, onde a prefeita Carla Redano determinou rapidez na imunização e já foram aplicadas 94,5 por cento das vacinas. Jaru chegou a 91,5 por cento de doses aplicadas: Monte Negro, 91,5 por cento; Teixeirópolis, 91 por cento. Os números da Sesau e da Prefeitura nunca batem, mas no Boletim do domingo, a Capital tinha um índice de aplicação de 79 por cento das 443.697 vacinas que recebeu, enquanto a Secretaria Municipal de Saúde alega que esse percentual é muito maior.

No Estado inteiro, até o domingo, já haviam chegado 1 milhão 435 mil doses, das quais 847.832 já foram aplicadas na primeira dose e outras 307.135 da dose definitiva. Chegaram mais 74.400 doses nesta segunda-feira. Desde o início das fases mais duras da pandemia, nunca tivemos tão poucos pacientes internados nos sistemas estadual e municipais de: apenas 147 leitos estavam ocupados. O trágico é que a Covid tirou de nós nada menos do que 6.432 vidas.

PERGUNTINHA

Você apoia uma greve geral, liderada pelos caminhoneiros como está sendo anunciada para o 7 de Setembro, em todo o país ou acha que pode ser um exagero e prejudicar a maioria da população, com desabastecimento?

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