22 de abril de 2024

Opinião: “Porque o Bradesco merece o respeito dos brasileiros”

Sempre detestei o Bradesco. Como instituição bancária – bem entendido, pelos péssimos serviços prestados, pelos baixos salários pagos a seus funcionários, pelos seus lucros exorbitantes e por se espalhar no país como praga, fruto de lucros obtidos graças àqueles que, por falta de assistência e presença da rede bancária pública, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, tinham que submeter-se, nos grotões do Brasil, onde houvesse um caixa ou um correspondente postal do Bradesco.

Era uma dessas raivas secas, caladas, quietas, já que nada poderia fazer. O máximo, como revolta, era não ter qualquer relações com este banco. Quando, trabalhando para pessoas privadas, que recebia como pagamento um cheque do Bradesco, ficava de mau humor. Sabia que seria mal atendido, que enfrentaria filas quilométricas e coisas do gênero para descontar o tal cheque.

Essa implicância com o Bradesco não dava-se por ser os demais, da rede pública ou privada, melhores. Pelo contrário, incluindo os oficiais, o atendimento bancário do Brasil sempre foi uma lástima. A impressão que passam é que o cliente é que precisam dos bancos e não o contrário, sendo que, em verdade, esta é de fato – e deveria ser – de mão dupla. Eu preciso que os bancos guardem o meu dinheiro mas os bancos, por sua vez, precisam dele para emprestar, com juros, a outras pessoas e assim, na lógica capitalista, promover o desenvolvimento do país e o bem estar das pessoas.

Mas, enfim, parei de implicar com o Bradesco. Aliás, penso até em abrir uma conta lá. É que me deparei com relatórios de 2020 da área de educação no país os quais me revelaram que a Fundação Bradesco executa um projeto de levar educação gratuita e de qualidade para todas as regiões do Brasil. Segundo a instituição, ao longo do último ano, foram aplicados R$ 680,25 milhões em educação, infraestrutura, tecnologia e aperfeiçoamento das equipes, compostas por mais de 3,5 mil funcionários. Além disso, 46.321 alunos estudaram na Fundação Bradesco nesse período, e quase 2 milhões de pessoas foram beneficiadas pela Escola Virtual – plataforma que oferece cursos 100% on-line, gratuitos e com certificado. A Fundação, na condição de instituição de direito privado e sem fins lucrativos, possui atualmente uma rede de 40 escolas próprias, presentes em todo território nacional e Distrito Federal, incluindo Rio Branco, no Acre. A cada ano realiza o processo seletivo para ingresso de novos alunos na Educação Infantil, favorecendo famílias de baixa renda.

Fui lá no endereço, na Estrada do Calafate, e, mais que isso, fui conversar com pessoas que passaram por lá, algumas que já estão até na universidade pública. Vi e senti que o Bradesco faz pelos brasileiros muito mais que os bancos oficiais, o do Brasil e a Caixa Econômica Federal.

Enquanto essa instituição privada se preocupa com a educação, incluindo o Acre, aqui, os bancos oficiais se negam a instalar bebedouros em suas agências para que os clientes em espera (e bote espera!) por atendimento tenham ao menos água beber.

E, a cada final de ano, tais bancos anunciam batimento de metas de lucro. E não devolvem um centavo em política social para os cidadãos cujas sociedades exploram como se os bancos oficiais do Brasil fossem uma espécie de agiota vulgar. Por isso, desejo vida longa ao Bradesco.

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