Após autorização do Supremo Tribunal Federal (STF), a Polícia Federal agendou, nesta terça-feira (24), os depoimentos de três nomes do governo no inquérito que investiga a utilização da estrutura do Palácio do Planalto, inclusive com a TV pública, para a transmissão de informações falsas relacionadas às urnas eletrônicas. As informações são da âncora da CNN Daniela Lima.
Serão ouvidos sobre a live realizada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) a respeito do voto impresso o secretário-geral da presidência da República, Luiz Eduardo Ramos; o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, e o diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem.
A lista da Polícia Federal em relação aos depoimentos é ainda mais extensa e foi fechada antes do pedido de impeachment de Bolsonaro contra o ministro do STF Alexandre de Moraes, que é o relator deste caso. Ao menos dois desses três depoimentos acontecerão ainda nesta semana.
Live não apresentou provas de fraude
A transmissão do presidente, realizada no final de julho, para tratar de supostas fraudes no sistema eletrônico de votação teve a afirmação de que não seria possível comprovar que pleitos anteriores tiveram resultados burlados.
Em várias ocasiões antes e depois de ser eleito, o presidente disse haveria provas de que as eleições foram fraudadas.
Conforme informaram a âncora da CNN Daniela Lima e a analista de política da CNN Renata Agostini, ao não apresentar qualquer prova de fraude nas urnas na live convocada justamente para isso, Bolsonaro provocou reações de integrantes da política e da Justiça, que prometeram agir para conter os planos dele.