O presidente da Fundação Cultural Palmares, Sérgio Camargo, decidiu que tomará uma atitude contra Martinho da Vila. O apoiador do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) postou nas redes sociais que entrará com uma ação contra o cantor.
Segundo o bolsonarista, a ideia é pedir danos morais depois de o sambista ter feito críticas a ele durante entrevista ao Roda Viva, da TV Cultura, na última segunda-feira (16).
Na atração, o artista declarou que a fundação teria sido “criada para tratar dos assuntos da cultura negra”, mas que agora é comandada por “Camargo, bolsonarista radical”.
“Ele é um preto de alma branca, como se diz. No duro, ele gostaria de ser branco. Ele acha que ele é branco. Ele se sente branco. E ‘tem que acabar com essas coisas todas de preto’”, desabafou Martinho da Vila, que causou polêmica.
Martinho acrescentou: “Pra mim, a Fundação Palmares não existe mais. Ele não tá exercendo função nenhuma. Pra mim aquilo acabou, ele retirou uma porção de coisa lá e tal e eu acho que nós temos que criar uma outra fundação, aquela já era”.
Por fim, ao falar sobre seu nome ter sido retirado do panteão de personalidades negras da fundação, o músico comemorou: “Graças a Deus, que bom! Não quero ter meu nome ligado àquela organização, não”.
Sérgio Camargo, então, disparou que o artista feriu a sua honra. Ao exibir o trecho da petição com que pretende acionar a Justiça, o apoiador de Bolsonaro ainda ressaltou uma suposta frase de Morgan Freeman, na qual o artista descartaria a importância de uma consciência negra — ou branca, ou amarela — em favor de uma consciência humana capaz de acabar com o racismo.
“Na epígrafe da ação (sendo finalizada), o ensinamento de Morgan Freeman que pretos racistas da esquerda precisam aprender”, declarou o presidente da Fundação Cultural Palmares.