Servidores realizam manifestação contra terceirização na Fundhacre e instituição se pronuncia

Na manhã desta terça-feira (03), servidores da Fundação Hospitalar do Acre realizaram uma manifestação contra à terceirização do Centro de Material de Esterilização (CME) do hospital. Com a presença até de um servidor se fantasiando de “morte”, os manifestantes seguravam cartazes que criticavam a atitude da instituição. “Em plena pandemia, temos que lutar contra à Covid-19 e contra a terceirização. Isso é covardia, governador”, dizia um destes.

As reinvindicações dos servidores estão pautadas nas críticas contra a empresa que assumirá o centro, afirmando que não houveram qualquer discussão com os servidores acerca desta terceirização, e de que a decisão pode afetar tanto na rotina de trabalho dos funcionários que atuam na parte de nefrologia da Fundação, como na prestação de serviços à população em geral.

Sobre isto, foi publicado no Diário Oficial do Acre de nº 13.068, um extrato do contrato de nº 264/2021, de 22 de junho de 2021. Na publicação, o valor global do contrato com a empresa Bioplus Ltda. é de mais de R$9.7 milhões, que por sua vez, prestará serviços de gerenciamento, processamento, com fornecimento de instrumentais, insumos e dentre outros para atender às necessidades da Fundhacre, em especial do CME e do Centro Cirúrgico (CC).

“É um setor que cuidamos de todos os materiais da Fundação. Um curativo sequer não faz se nós pararmos. Não vamos aceitar”, disse uma servidora no protesto.

POSICIONAMENTO

O presidente da Fundhacre, João Paulo Silva, divulgou uma nota pública referente à contratação. Confira na íntegra:

NOTA PÚBLICA

A Fundação Hospital Estadual do Acre (Fundhacre) vem a público esclarecer que:

A contratação de Empresa Especializada para atender as necessidades da Central e Material e Esterilização/CME e Centro Cirúrgico/CC da Fundhacre segue todos os processos de legalidade, conforme a Lei Federal n.º 8.666/93.

Tal contratação tem como finalidade auxiliar a instituição a dar vazão às demandas reprimidas na unidade, sobretudo às cirurgias eletivas no estado do Acre, que tiveram uma redução drástica em 2020 e início de 2021.

Assim, os procedimentos cirúrgicos reduzidos causados pela pandemia de Covid-19 prejudicou ainda mais o fluxo das demandas no Hospital.

Destaca-se que a Gestão de Saúde vigente visa construir um novo panorama ainda neste semestre, e que projeções benéficas dependem de uma força tarefa constituída pelos instrumentadores, enfermeiros e demais profissionais de saúde que trabalham para o bem da população do Acre.

A instituição enfatiza que tem procurado obter melhorias, a curto, médio e longo prazo, pois entende que a população precisa de uma resposta imediata da Saúde Pública. Portanto, é preciso destacar que o serviço da Empresa Especializada tem materiais adequados e habilitados para resguardar o paciente, tendo em vista a segurança e os demais processos e metodologias que são requisitos necessários para atender a população, no atual cenário.

João Paulo Silva
Presidente da Fundação Hospital Estadual do Acre

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