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A vida da família imperial após a proclamação da República

Por AVENTURAS NA HISTÓRIA

Teresa Cristina, Antônio, Isabel, Pedro II, Pedro Augusto, Luís, Gastão e Pedro de Alcântara - Domínio Público / Otto Hees

Após a proclamação da república no dia 17 de novembro de 1889, a família de D. Pedro II teve de deixar o Brasil e partiu em direção à Europa.

O ex-imperador não aceitou as pensões oferecidas pelo novo governo brasileiro e morreu dois anos depois, em um quarto de hotel em Paris. Sua esposa, a imperatriz Teresa Cristina, falecera pouco após o golpe, 21 dias depois de desembarcar em Portugal.

A vida dos Orléans e Bragança no exílio

Foi na França que princesa Isabel viveu junto ao marido, o conde D’Eu, e aos filhos durante o exílio.

D. Pedro II / Crédito: Domínio público / Mathew Brady

 

Na região da Normandia, Gastão comprou o Castelo D’Eu, que antes pertencia a seu primo. Os Orleans e Bragança puderam se manter na Europa em razão de uma pensão que o conde recebia por ser filho do duque de Némours e neto do rei Luís Filippe I, da França.

Conforme o historiador da Universidade de São Paulo, Carlos Rogerio Lima Júnior, escutada pela Folha, enquanto esteve fora, a filha de D. Pedro II manteve correspondência com apoiadores da monarquia no Brasil, mandando fotos que tirava na Europa.

Entretanto, Isabel não aceitou a proposta de enviar Pedro, seu filho mais velho, para tentar recuperar o trono durante uma onda de revoltas civis no Brasil que ocorreram por volta de 1893.

D. Teresa Cristina / Crédito: Domínio público / Joaquim José Insley Pacheco

 

Renúncia

No ano de 1908, o filho mais velho de IsabelPedro, decidiu renunciar ao trono para se casar com a filha de um conde que não tinha título de nobreza, Elisabeth Dobrzensky de Dobrzenicz. Desta forma, a sucessão passaria ao segundo filho da princesa, Luís.

No ano anterior, Luís chegou a tentar voltar ao Brasil, mas foi impedido de desembarcar no país. Por meio de cartas ele questionou a decisão do governo, uma vez que, até então, não era ele o sucessor, e sim seu irmão.

No ano de 1918, o caçula da família, Antônio, morreu em um acidente aéreo quando defendia o Exército britânico na Primeira Guerra Mundial. Em 1920, a princesa perdeu também o seu filho do meio, que acabou contraindo uma grave doença em meio ao conflito e não resistiu.

Gastão de Orléans / Crédito: Domínio Público / Alberto Henschel

 

No mesmo ano, o então presidente brasileiro Epitácio Pessoa revogou o banimento à família imperial de modo que, em 1921, Pedro e Gastão voltaram ao Brasil, trazendo consigo os corpos de D. Pedro II e Teresa Cristina para que aqui fossem enterrados. Mais tarde, em novembro, morreria princesa Isabel, na França.

Após a morte da filha do antigo imperador, os descendentes desta retornaram ao país. Hoje, parte da família ainda segue na esperança de um dia voltar ao poder e recebe um imposto chamado laudêmio, uma taxa de 2,5% do valor de todo imóvel comprado no centro da cidade de Petrópolis que seria uma forma de compensação aos descendentes de D. Pedro.

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